Favoritos para presidir a Câmara e o Senado em 2025, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP) (os dois na foto) já avançaram nas negociações sobre os principais cargos das Mesas Diretoras e comissões. Na Câmara, Altineu Côrtes (PL-RJ) foi indicado à primeira vice-presidência, posição estratégica que inclui definir pautas e substituir o presidente nas sessões.
Enquanto o PL ocupa a vice-presidência, o PT deve ficar com a primeira-secretaria, responsável por funções administrativas, com o deputado Carlos Veras (PT-PE). A segunda-vice deve caber ao PP, enquanto a segunda-secretaria ficará com o União Brasil.
No Senado, o acordo costurado por Alcolumbre inclui Eduardo Gomes (PL-TO) na primeira vice-presidência e Humberto Costa (PT-PE) como segundo vice. A primeira-secretaria será ocupada por Daniela Ribeiro (PSD-PB).
Impasses no Orçamento
A relatoria da Lei Orçamentária de 2025 segue em disputa entre MDB e União Brasil, que também reivindica o comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Já a relatoria da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deve ser ocupada pelo PT. No Senado, Otto Alencar (PSD-BA) sucederá Alcolumbre na CCJ, enquanto Renan Calheiros (MDB-AL) assumirá a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), fundamental por avaliar autoridades como o presidente do Banco Central.
A oposição tenta garantir relevância, como na Comissão de Infraestrutura, reivindicada pelo PL. Segundo o líder oposicionista Rogério Marinho (PL-RN), apoiar Alcolumbre foi uma estratégia para assegurar presença proporcional em comissões-chave e trabalhar pautas prioritárias.