Os professores da rede municipal decidiram manter a greve da categoria após uma assembleia realizada na manhã desta sexta-feira (29). Depois do evento, fizeram uma caminhada pelo Centro do Rio e chegaram a ocupar uma das faixas da Avenida Presidente Vargas, no sentido Praça da Bandeira.
A assembleia aconteceu no dia seguinte à decisão da Justiça do Rio que determinou a imediata interrupção da greve dos professores da rede municipal e o retorno dos servidores ao trabalho. Foi fixada uma multa de R$ 500 mil ao Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe-RJ) e de R$ 5 mil aos diretores do SEPE por cada dia de descumprimento.
A paralisação do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) começou na segunda-feira (25). O sindicato já avisou que vai recorrer da decisão judicial.
A assembleia da categoria foi realizada na sede da escola de samba São Clemente, na Cidade Nova, no Centro do Rio.
"A greve foi informada com mais de uma semana de antecedência. Todos os canais de negociação com a prefeitura foram tentados. Se não há uma contraproposta, não há uma negociação efetiva acontecendo", afirmou Diogo Andrade, Coordenador-Geral do sindicato.
Na terça-feira (3) os profissionais de educação preveem uma passeata da Candelária à Cinelândia às 9h. Em seguida, vão fazer uma vigília na Câmara dos Vereadores, onde está marcada uma conversa com vereadores para tratar do Projeto de Lei Complementar 186, que prevê mudanças na carga horária e benefícios dessa e de outras categorias de servidores.
A previsão é que o projeto seja colocado em pauta na Câmara de vereadores no mesmo dia.
Justiça determina fim de greve
A decisão da Justiça de sexta-feira (28/11) atendeu a um pedido da Prefeitura do Rio, que argumenta que a paralisação é ilegal.
O município disse que não houve aviso prévio em relação ao movimento grevista nem tentativa de diálogo entre a categoria e a Secretaria de Municipal de Educação.
A Justiça entendeu que elementos básicos para garantir a legalidade da greve não foram cumpridos, como o esgotamento da tentativa de diálogo e a notificação prévia mínima de 48 horas.
Por conta disso, a Justiça acatou a tutela de urgência para a imediata interrupção da greve e o retorno dos servidores ao trabalho.
A decisão do presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, fixou multa de R$ 500 mil ao Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) e de R$ 5 mil aos diretores do sindicato por cada dia de descumprimento.