Eventos marcam os sete anos do assassinato da vereadora Marielle Santos e do motorista Anderson Gomes

Réus confessos, Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram condenados em outubro de 2024 pelo crime.

Por Adriana França em 14/03/2025 às 14:14:55
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Foto: Reprodução

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14 de março de 2025 marca os sete anos do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes, no bairro do Estácio, região central do Rio de Janeiro. E, pela primeira vez desde o crime, familiares e companheiros da liderança política passam esta data emblemática com respostas, para perguntas que, por alguns anos, pareciam sem solução: quem mandou matar Marielle Franco? E por quê?

Desde 2019, o mês de março é marcado por atividades que reafirmam a memória e a luta por justiça por Marielle e Anderson. Além das falas de lideranças políticas ao longo do dia em frente à estátua de Marielle no Buraco do Lume, uma missa foi celebrada na Igreja Nossa Senhora do Parto, ainda pela manhã.

A partir das 17h, também acontece a 5ª edição do "Festival Justiça por Marielle e Anderson", na Praça da Pira Olímpica, próximo ao CCBB. O Festival conta com programação cultural, shows e atividades gratuitas nesta sexta-feira (14). O evento é organizado pelo Instituto Marielle Franco.

Passarão pelo palco artistas como Tássia Reis, Rashid, MC Carol, BNegão, No Lance & Eliza Tavares, Dance Maré, Noite das Estrelas, Os Garotin, Maru RD, Afrolai, entre outros.

Quem matou?

Réus confessos, Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram condenados em outubro de 2024 pelo crime. Lessa foi condenado a 78 anos, 9 meses e 30 dias de prisão, e Queiroz, a 59 anos, 8 meses e 10 dias. Ambos fizeram delações premiadas.

Também em 2024, a Polícia Federal apontou como mandantes do assassinato da vereadora do Psol e do motorista, os irmãos Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE); e Chiquinho Brazão, deputado federal. Eles estão presos desde então e são réus em uma ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF), já que Chiquinho Brazão é parlamentar e tem foro privilegiado. Os irmãos negam.

"Feminicídio político"

Apesar das novas respostas, os herdeiros do legado político de Marielle Franco ainda pedem o desfecho do caso. A deputada estadual Renata Souza (PSOL), usou o plenário da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) esta semana, para homenagear a política e amiga, e reforçar o pedido para que os mandantes possam ser responsabilizados na forma da lei, alcançando uma "justiça efetiva", em um caso que chama de "terrível feminicídio político".

Além de Renata, lideranças do Psol como o deputado federal Tarcísio Motta e a vereadora Thais Ferreira, se reuniram no Buraco do Lume, no Centro, para marcar a data, em frente à estátua de Marielle Franco. Durante ato na manhã desta sexta-feira (14), Tarcísio Motta também destacou que a busca por justiça por Marielle e Anderson ainda não terminou.

"Nós estamos prestes a julgar aqueles que estão sendo acusados de serem os mandantes dos assassinatos de Marielle e Anderson. E isso pode encerrar uma parte do ciclo da nossa luta e do nosso grito de justiça por Marielle. Mas, mais uma vez não podemos parar aí" disse Tarcísio.

Desde 2019, o mês de março é marcado por atividades que reafirmam a memória e a luta por justiça por Marielle e Anderson. Além das falas de lideranças políticas ao longo do dia em frente à estátua de Marielle no Buraco do Lume, uma missa foi celebrada na Igreja Nossa Senhora do Parto, ainda pela manhã.

A partir das 17h, também acontece a 5ª edição do "Festival Justiça por Marielle e Anderson", na Praça da Pira Olímpica, próximo ao CCBB. O Festival conta com programação cultural, shows e atividades gratuitas nesta sexta-feira (14). O evento é organizado pelo Instituto Marielle Franco.

Passarão pelo palco artistas como Tássia Reis, Rashid, MC Carol, BNegão, No Lance & Eliza Tavares, Dance Maré, Noite das Estrelas, Os Garotin, Maru RD, Afrolai, entre outros.

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