PolĂ­cia investiga prĂ©dios da Prefeitura de Belford Roxo para identificar responsĂĄveis por destruição

O atual prefeito Marcio Canella acusa seu antecessor, o ex-prefeito Waguinho, de ter depenado a sede do Executivo e abandonado outros prĂ©dios pĂșblicos do municĂ­pio

Por Conexão no Ar em 05/01/2025 às 10:19:24
Foto: Divulgação

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A PolĂ­cia Civil do Rio de Janeiro vai visitar e realizar um trabalho de perĂ­cia nos prédios da Prefeitura de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, que foram destruĂ­dos e tiveram itens roubados.

Segundo o prefeito Marcio Canella (União Brasil), seu antecessor, o ex-prefeito Waguinho (Republicanos), foi responsĂĄvel por depredar a sede do Executivo e abandonar outros imóveis do municĂ­pio. Waguinho nega as acusações.

O novo prefeito divulgou imagens de paredes e portas quebradas, vidros destruĂ­dos, equipamentos roubados e lixo por todo lado. Essa era a cena encontrada em diferentes prédios da Prefeitura de Belford Roxo essa semana. Os locais visitados pela reportagem estavam completamente abandonados. Os problemas se espalham por diferentes unidades pĂșblicas, como a Secretaria de Cultura, a Biblioteca do Centro de Cultura, o teatro municipal, a Vila OlĂ­mpica e a Escola Especial Albert Sabin.

A administração de Canella também apontou que o gabinete do prefeito também foi depredado. O atual prefeito afirmou que encontrou o local sem computador e HDs. Segundo ele, até as pilhas do controle remoto do ar-condicionado sumiram.

Canella baixou um decreto de calamidade financeira no municĂ­pio e determinou que a prefeitura fique fechada por 15 dias para refazer o que foi destruĂ­do.

Colapso nos serviços pĂșblicos

A destruição dos equipamentos pĂșblicos do municĂ­pio provoca problemas no atendimento à população. Soma-se a isso problemas administrativos deixados pela Ășltima gestão, como a falta de pagamento de salĂĄrios, por exemplo.


Prédios da Prefeitura de Belford Roxo destruĂ­dos — Foto: Reprodução TV Globo


Essa é a situação da Unidade de SaĂșde da FamĂ­lia Dona Isaura, em Heliópolis. A clĂ­nica conta com 12 funcionĂĄrios, que disseram estar com salĂĄrios atrasados, do mĂȘs de dezembro e do 13°.

Os moradores que chegam para buscar atendimento encontram uma estrutura comprometida e com vĂĄrios sinais de abandono. O prédio da unidade estĂĄ cercado de mato alto, as salas estão com vidros quebrados e os banheiros estão sem ĂĄgua para lavar as mãos. A parede do posto de saĂșde tem ĂĄgua escorrendo e juntando lodo.

Segundo funcionĂĄrios, hĂĄ pelo menos quatro meses a prefeitura parou de recolher o lixo do material contaminado usado na clĂ­nica.

Em nota, Waguinho nega as acusações:

"Antecipando que poderiam tentar desqualificar nosso trabalho com inverdades, nossa assessoria registrou, no dia 31 de dezembro, um vĂ­deo mostrando o gabinete em perfeito estado e completo com os devidos móveis e equipamentos. No mesmo registro, é possĂ­vel ver a entrega das chaves a um guarda municipal de carreira, que recebeu o gabinete nas mesmas condições demonstradas no vĂ­deo.

As imagens comprovam que não houve tempo hĂĄbil para qualquer alteração no espaço entre a gravação e a entrega. Esse episódio lamentĂĄvel só evidencia o despreparo do atual gestor e sua equipe, que tentam criar narrativas infundadas ao invés de se dedicarem ao trabalho pela cidade.

Reforçamos o compromisso com a verdade e seguimos à disposição para quaisquer esclarecimentos".

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