O dólar fechou em alta firme nesta segunda-feira (16/12), batendo os R$ 6,09 e alcançando um novo recorde nominal conforme investidores continuavam a monitorar o quadro fiscal do país.
Com a maior aversão ao risco no mercado, a moeda opera em alta desde o início do pregão, tendo arrefecido um pouco após o Banco Central (BC) realizar um leilão além do que estava programado, para tentar conter a sequência recente de altas. Ainda assim, a moeda voltou a ganhar força no final da manhã e ao longo da tarde.
Na sexta-feira (13/12), o BC havia anunciado um leilão de até US$ 3 bilhões com compromisso de recompra. Essa modalidade, que também é chamada de leilão de linha, funciona como se fosse um "empréstimo" de dólares do BC para as instituições financeiras.
Na prática, o leilão serve para injetar dólares no mercado para suprir a maior demanda pela moeda e fazer com que, assim, a cotação diminua.
Além disso, o BC também fez um leilão extra de dólares no mercado à vista, ou seja, um leilão que não exige a recompra da moeda pela instituição. Nesse leilão, foram vendidos US$ 1,63 bilhão ao mercado financeiro. Essa foi a maior intervenção feita pelo BC no mercado à vista desde 2020.
As atenções do mercado continuam voltadas para o noticiário doméstico, em meio às preocupações com a desidratação do pacote fiscal do governo no Congresso Nacional. Nesta tarde, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, visitou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar sobre o tema e comentar sobre as mudanças feitas no texto da reforma tributária pelo Senado.
Uma série de divulgações econômicas importantes previstos para esta semana também seguem sob os holofotes. Entre os indicadores do dia, destaque para o boletim Focus desta segunda-feira. Analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Banco Central passaram a traçar estimativas de juros maiores nos próximos anos, além de uma inflação mais alta em 2024 e 2025.
Além da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na terça-feira, espera-se também a reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) para definição das novas taxas de juros americanas. Na quinta, sai o relatório trimestral de inflação.
Dólar
Ao final da sessão, o dólar subiu 0,99%, cotado a R$ 6,0942, em um novo recorde nominal. Na máxima, chegou a R$ 6,0980. Veja mais cotações.
Com o resultado, acumulou:
Na sexta-feira, a moeda norte-americana subiu 0,43%, cotado a R$ 6,0347.