Ampliação de voos no aeroporto Santos Dumont gera críticas da Prefeitura, do Governo do Estado e da Fecomércio

Mudança pode trazer prejuízos ambientais o para o trânsito; Federação emite nota de

Por Adriana França em 04/12/2024 às 17:04:44
Foto: Reprodução

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O prefeito Eduardo Paes (PSD) criticou, nesta quarta-feira (4/12), a possibilidade de revisão das regras de operação no Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio, que teve o número de voos reduzidos no início desse ano.

O governo federal anunciou que estuda flexibilizar, em 2025, as regras que restringem a circulação no terminal.

"O lobby dessa gente é um negócio inacreditável. Não acontecerá! Não bastasse o impacto no Galeão e na economia do Rio, as restrições ambientais e no trânsito da região já são motivos mais do que suficientes para normas Estaduais e municipais serem aplicadas impedindo esse aumento", afirmou Paes.

Governo estuda liberar mais voos para o aeroporto Santos Dumont em 2025

O Ministério de Portos e Aeroportos estuda liberar mais voos para o Santos Dumont em 2025. A ideia é flexibilizar as regras que restringiram a circulação no terminal em favor do Galeão. Em entrevista à TV Globo, o Secretário de Aviação Civil, Tomé Franca, afirmou que uma avaliação da restrição será feita em janeiro, após a iniciativa completar um ano. Caso possível, a política pública pode ser mudada.

Desde janeiro, o Ministério de Portos e Aeroportos iniciou uma limitação de 6,5 milhões de passageiros por ano no terminal. Antes, o terminal possuía limite de 10 milhões e estava prestes a operar acima dessa capacidade, devido à superlotação. Ao mesmo tempo, o Galeão viveu um período de ociosidade agravado pela pandemia.

Crítica da Fecomércio

Em nota, A Fecomércio RJ manifestou seu 'absoluto inconformismo diante da proposta de ampliar o número de usuários no aeroporto Santos Dumont, conforme se aponta em entrevista do secretário de Aviação Civil do Ministério de Portos e Aeroportos, Tomé de Souza'.

Segundo a Fecomércio, a limitação de passageiros no Santos Dumont foi uma decisão conquistada pelo Rio de Janeiro em consequência de um longo e duro processo de luta e mobilização dos setores público e privado da cidade e do estado. Além de tal decisão estar alicerçada em fundamentos técnicos e legitimada pelos próprios usuários através de pesquisas, que indicaram a conveniência da transferência de voos para o Galeão.

'O aumento do fluxo aéreo doméstico e internacional para o Rio de Janeiro é uma positiva realidade, o que demonstra o acerto da medida, indicando o fortalecimento do hub aéreo no Galeão. Qualquer mudança neste promissor rumo significa um inaceitável retrocesso nessa iniciativa e será fatal para economia e o turismo do Rio. Por que e a quem interessa desvirtuar a política adotada?', questiona a nota.

Nota do Governador

É importante a gente lembrar que essa foi uma briga de dois anos que o Governo do Estado, junto com a Prefeitura e o governo federal, travaram para a gente entender qual deveria ser o tamanho do Santos Dumont e do Galeão. Naquela época, o Galeão estava completamente sucateado e o Santos Dumont excessivamente lotado.

Nós entendemos, junto com o estudo da Anac, que era importante que esses voos fossem para o Galeão para que nós pudéssemos fortalecer o equipamento, que é tão importante para o turismo e para o desenvolvimento econômico do Estado. E vem dando certo. Achamos positiva a questão do estudo, desde que a perspectiva seja de aumentar o número de turistas e não de tirar voos do Galeão e passar esses voos para o Santos Dumont.

Ainda vamos analisar o estudo, mas de forma alguma vamos aceitar que se tire voos do Galeão e se coloque no Santos Dumont, a não ser na perspectiva de aumentarmos os voos dos dois aeroportos.


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