O relatório da Polícia Federal divulgado nesta terça-feira (26/11) apresenta a ação de diversos políticos e militares na trama golpista que ameaçou a democracia entre o fim de 2022 e o início de 2023, após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas urnas. Um dos políticos com papel central na trama, segundo a PF, é o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que seria beneficiado com o golpe de Estado.
O nome de Jair Bolsonaro é citado 643 vezes no documento. Veja abaixo o que pesa contra ele no relatório da PF a partir dos seguintes tópicos:
'Planejador'
A investigação da PF coloca Bolsonaro como planejador, dirigente e executor dos atos que levariam ao golpe de Estado. Um dos trechos do relatório afirma: Bolsonaro "tinha plena consciência e participação ativa" nas ações do grupo.
A PF também diz que Bolsonaro tinha "domínio" dos atos executados.
"Os elementos de prova obtidos ao longo da investigação demonstram, de forma inequívoca, que o então presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva dos atos executórios realizados pela organização criminosa que objetivava a concretização de um golpe de Estado e a abolição do Estado Democrático de Direito. O fato, contudo, não se consumou em razão de circunstâncias alheias à sua vontade", escreveu a polícia.