TRE declara Marcelo Crivella inelegível por abuso de poder político e econômico

Pela decisão, ex-prefeito do Rio está inelegível por 8 anos, contados a partir das eleições municipais de 2020.

Por Conexão no Ar em 09/10/2024 às 16:47:38
Foto: Reprodução

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O Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) decidiu, nesta terça-feira (08/10), tornar o ex-prefeito do Rio e atual deputado federal Marcelo Crivella inelegível, ao condená-lo por abuso de poder político e econômico nas eleições municipais de 2016 e 2020.

Este processo é resultado da investigação do suposto esquema de corrupção na Prefeitura do Rio na gestão Crivella que ficou conhecido como "QG da propina". Além de Crivella, também foi condenado o empresário Rafael Alves.

Pela decisão, os dois estão inelegíveis por 8 anos, contados a partir das eleições municipais de outubro de 2020. Crivella e Alves também foram condenados a pagar multa de R$ 106.410, cada um.

Cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A maioria dos desembargadores do TRE acompanharam o voto do relator, Rafael Estrela, que votou pela manutenção da sentença de primeira instância, publicada em março deste ano, que decretou a inelegibilidade de Crivella e Rafael Alves e determinou pagamento de multa.

Relembre o caso

Esta ação de investigação judicial eleitoral usou provas emprestadas da ação penal eleitoral aberta com base na investigação do esquema que ficou conhecido como "QG da propina na Prefeitura do Rio".

Crivella foi preso nove dias antes de terminar o mandato de prefeito do Rio, em 22 de dezembro de 2020, e foi acusado chefiar uma organização criminosa, que tinha o empresário Rafael Alves – apontado como seu "homem de confiança" - como principal negociador de contratos públicos.

Segundo o Ministério Público, mesmo sem cargo na Prefeitura do Rio, Rafael Alves tinha uma sala na sede da Riotur, a empresa de turismo da cidade, e negociava de lá. O MP afirma que a quadrilha transformou a repartição pública em um "QG da Propina", e arrecadou mais de R$ 50 milhões.

A investigação aponta que a organização criminosa começou a se movimentar antes mesmo da eleição de 2016 à Prefeitura do Rio, quando Crivella acabou eleito.

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