Cidade de Angra decreta racionamento de água devido à crise hídrica

Válido por 90 dias, o decreto restringe o uso de água para atividades como lavagem de veículos, calçadas e quintais

Por Conexão no Ar em 15/08/2024 às 09:22:44
Foto: Reprodução

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Começou a vigorar em Angra dos Reis o decreto que estabelece o racionamento de água em resposta à maior estiagem nos últimos 17 anos, que tem comprometido o abastecimento em diversas áreas da cidade. Válida por 90 dias, a medida tem o objetivo de assegurar o abastecimento básico da população.

Durante esse período, estará restrito o uso de água para atividades não essenciais, como a lavagem de veículos, calçadas e quintais, e outras que não estejam diretamente ligadas ao consumo humano e animal.

Também fica proibida a lavagem pública ou particular de embarcações, fachadas de imóveis, ruas, telhados, paredes, calhas e garagens; regar jardins e plantas; encher ou esvaziar piscinas.

O decreto nº 13.686, publicado no Boletim Oficial nº 1.944, afeta tanto o setor público quanto o privado, e permite a implementação de ações adicionais, se necessário, para preservar os recursos hídricos.

O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) disponibiliza os telefones (24) 3377-6621 e (24) 3377-6551 para denúncias de infrações ao decreto municipal, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Aos sábados, domingos e feriados, os números para denúncias são: (24) 3365-4700 e o WhatsApp (24) 98857-7555.

Estiagem prolongada

Desde abril de 2024, Angra tem registrado chuvas abaixo da média esperada, com um déficit de 20 a 40 milímetros por mês. Embora as previsões para agosto indiquem precipitações dentro da média, os meses seguintes deverão continuar secos, agravando a situação.

Devido à estiagem, o abastecimento de água na cidade passou a ser realizado de forma intermitente em alguns bairros desde 25 de julho. Essas medidas, conhecidas como manobras, têm previsão de durar até setembro e foram implementadas para enfrentar a significativa redução dos níveis de água nas barragens de captação.

Os bairros afetados foram divididos em grupos pelo SAAE, de acordo com a situação específica de cada um, para organizar o fornecimento de água durante esse período. O SAAE também está disponibilizando gratuitamente caminhões-pipa para abastecer os bairros sempre que necessário.

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