Maioria do STF vota para considerar que assédio judicial a jornalistas viola a Constituição

Ministros analisam ações apresentadas por ABI e Abraji

Por Conexão no Ar em 22/05/2024 às 16:31:22
Foto: Reprodução

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A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal votou, nesta quarta-feira (22/05), para considerar que fere a Constituição o assédio judicial a jornalistas - a apresentação de múltiplos processos contra o conteúdo de reportagens, com o objetivo de atingir direitos como a liberdade de expressão.

Prevalece o voto do presidente, Luís Roberto Barroso. O ministro reconhece a figura do assédio judicial e fixa que ela viola o texto constitucional.

Barroso propôs que, quando o assédio ficar configurado, o jornalista pode pedir que todas as ações passem a ocorrer em um único lugar - na Justiça do local onde reside. Esta tese será uma orientação a ser aplicada em processos que tratam do tema em instâncias inferiores.

Seguiram o entendimento do relator até o momento os ministros Cristiano Zanin, André Mendonça, Nunes Marques, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. O julgamento prossegue.

Início do julgamento

O caso começou a ser analisado em outubro passado, em ambiente virtual. Na ocasião, a relatora, ministra Rosa Weber, atendeu em parte aos pedidos, votando no sentido de que não é válido usar o sistema de responsabilização civil - que permite, por exemplo, que a Justiça imponha pagamento de indenização por danos - para restringir a liberdade de expressão e o trabalho da imprensa.

Retomada do caso

Na semana passada, o caso foi retomado no plenário presencial. O presidente Luís Roberto Barroso apresentou uma proposta de tese em que aponta que a prática de assédio judicial viola a liberdade de expressão.

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