O Sistema Imunana-Laranjal voltou a operar com capacidade plena - 6 mil litros de água por segundo -, às 10h deste sábado (06/04). A operação foi liberada na noite de sexta-feira, após intensos esforços da força-tarefa do Estado para reduzir a concentração de tolueno no Rio Guapiaçu, em Guapimirim. A Cedae continua realizando análises de potabilidade, de hora em hora, no Laboratório Biológico de Rastreamento Ambiental (Libra). A previsão é de que o abastecimento seja normalizado em 72 horas.
A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) abriu inquérito para apurar os responsáveis pelo crime ambiental, que deixou cerca de 2 milhões de pessoas sem abastecimento em parte da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Está sendo feito um levantamento das empresas da região que têm licença para utilizar o tolueno. Peritos criminais acompanham o trabalho dos técnicos do Inea e da Cedae na região e as análises do material coletado na tentativa de identificar a origem do vazamento.
Desde quinta-feira, uma força-tarefa montada pelo Governo do Estado atuou para mitigar os efeitos da contaminação. Foi feito o isolamento da área onde deságuam dois canais e também foi realizada sucção do composto químico tolueno na região onde ocorre a captação de água. As equipes continuam atuando no local, às margens do Rio Guapiaçu, de onde já retiraram 240 mil litros de água misturada com o produto químico. Os técnicos do Inea e da Cedae estabeleceram 40 pontos de coleta e já analisaram mais de cem amostras.
A força-tarefa está com os esforços centrados em descobrir a origem da contaminação, o que é importante para saber se o tolueno encontrado é residual ou se continua a haver contaminação do solo, e em identificar os responsáveis pelo crime ambiental.
Força-tarefa usa equipamentos para retirar tolueno da água
Desde o início da operação conjunta na quinta-feira, mais de 300 técnicos atuam no local com auxílio de três escavadeiras, uma retroescavadeira e seis caminhões basculantes. Estão sendo empregados equipamentos de sucção para retirar o poluente da água do rio. A mobilização envolve as secretarias de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, da Polícia Civil, da Polícia Militar, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a Cedae, a Petrobras e as concessionárias Águas do Brasil e Águas do Rio.
O Sistema Imunana-Laranjal é responsável pelo abastecimento de cerca de 2 milhões de pessoas em Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, parte de Maricá (Inoã e Itaipuaçu) e na Ilha de Paquetá.