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Operação policial

Operação mira empresas suspeitas de lavar dinheiro para a milícia de Zinho

Grupo movimentou R$ 135 milhões desde 2017


Foto: Reprodução Redes Sociais

A Polícia Civil do RJ e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) iniciaram nesta quarta-feira (28) a Operação Cosa Nostra Fraterna, contra a lavagem de dinheiro da milícia que foi de Luiz Antonio da Silva Braga, o Zinho. Ele se entregou à Policia Federal na véspera de Natal do ano passado, mas seu grupo paramilitar continua atuante.

Segundo os investigadores da Policia Civil e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado (MPRJ), Zinho, mesmo preso, usava várias empresas, entre elas um provedor de internet, para gerar lucro e lavava dinheiro para o grupo paramilitar.

Uma delas, a Estrellar Web, que funciona em Santa Cruz e tem cerca de 40 mil assinantes, foi fechada durante a operação. O provedor tinha o monopólio na região.

A investigação apontou que o grupo movimentou R$ 135 milhões nos últimos 7 anos, por meio de 7 empresas para lavar o dinheiro.

Na sede da Estrellar Web, os agentes encontraram três cofres. Um deles com pelos menos R$ 50 mil.

"Essa empresa de internet, como as outras, são três empresas de internet alvo dessa operação, suspostamente exerciam ali um monopólio daquela área, angariando recursos com a prestação de serviços, que era efetivamente feita, através de exercer um monopólio desses serviços. E agora, com asfixia financeira, impede que eles prestem esse serviço de forma coercitiva para aquela população", destaca o delegado Jefferson Ferreira.

Ao todo, os agentes cumpriram 21 mandados de busca e apreensão na Operação Cosa Nostra Fraterna, nome em referência à máfia italiana.

O outro local de busca e apreensão foi um haras, em Guaratiba, também na Zona Oeste, que segundo os investigadores seria de propriedade do grupo paramilitar.

A Polícia Civil e o MP ainda apuraram como a milícia usava o haras dentro da estrutura da organização criminosa. Uma das hipóteses é a de compra e venda de animais, numa prática semelhante à do jogo do bicho.

Além da interdição das empresas envolvidas no esquema, a Justiça também determinou o bloqueio de bens dos envolvidos.

Na operação, foram apreendidos carros de luxo blindados. Os veículos foram levados para a Cidade da Polícia.

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