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Tentativa de Golpe

Bolsonaro comandou e Braga Neto foi o principal arquiteto da tentativa de Golpa, avalia PF

O planejamento e a execução do plano, entretanto, foram chefiadas por Braga Netto, na visão de dois investigadores


A Polícia Federal vê o general Braga Netto como a principal autoridade por trás do golpe de estado para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder mesmo após a derrota nas urnas em 2022.

Para a PF, Bolsonaro era indubitavelmente o principal beneficiário e comandante da tentativa frustrada, tanto que foi indiciado pelos mesmos crimes que o general – golpe de estado, abolição violenta do estado de direito e organização criminosa.

    O planejamento e a execução do plano, entretanto, foram chefiadas por Braga Netto, na visão de dois investigadores ouvidos pelo blog de Andréia Sadi nesta sexta-feira (22/11). Na expressão de um deles, o general era "a cabeça pensante" responsável pela "operacionalização do golpe."

    Documentos da investigação já tornados públicos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) mostraram, por exemplo, que o general abrigou em sua própria residência uma reunião, em 12 de novembro de 2022, na qual investigados discutiram um plano para assassinar, antes da posse, Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB), além do ministro Alexandre de Moraes.

    Braga Netto, inclusive, integraria o intitulado Gabinete Institucional de Gestão da Crise, a ser criado pelo governo federal após os assassinatos.

    O tamanho do poder que o general da reserva concentraria em caso de sucesso do plano golpista leva um investigador da PF a suspeitar que Braga Netto poderia, até mesmo, derrubar Bolsonaro e assumir o comando do futuro governo.

    No topo da hierarquia, Braga Netto dava respaldo ao golpe junto a militares

    Um outro fator reforça o papel central de Braga Netto na trama golpista: a influência no meio militar.

    General-de-exército, o segundo cargo da hierarquia da força (Bolsonaro chegou a capitão, seis postos atrás), Braga Netto era quem dava respaldo e credibilidade ao golpe junto aos oficiais e outros militares que decidiram aderir ao plano.

    E não foram poucos: dos 37 indiciados, 25 são das Forças Armadas, incluindo os ex-comandantes do Exército, Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira, e da Marinha, Almir Garnier Santos.

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