Paes diz que policiais pediram para prefeitura retirar barricadas: "inusitado"

Segundo Paes, receber o ofício da Colpol foi uma surpresa, já que questões relacionadas à segurança pública são obrigação justamente das forças policiais.

Por Adriana França em 30/01/2025 às 09:14:57
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Foto: Reprodução

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O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD) foi às redes sociais para narrar um fato que chamou de "inusitado", nesta quarta-feira (29/01). Segundo o alcaide, a Coligação dos Policiais Civis do Estado (Colpol) pediu que o governo municipal retirasse barricadas colocadas próximo à sua sede campestre, na Taquara, Zona Oeste.

Segundo Paes, receber o ofício da Colpol foi uma surpresa, já que questões relacionadas à segurança pública são obrigação justamente das forças policiais.

"Ontem fui surpreendido por uma carta da Coligação dos Policiais Civis do Estado. Nesse ofício, aponta que, na sede social da coligação, foram colocadas barreiras constrangendo o acesso dos policiais e pedem que a prefeitura retire essas barreiras", disse.

Em seguida, Paes pontuou que a prefeitura não possui poderio bélico para se equiparar à criminalidade em ações do tipo. Nem mesmo se for concretizada a criação da Força Municipal armada.

"A dificuldade de se retirar qualquer obstáculo em via pública é justamente a criminalidade. Mesmo que a gente venha a ter a Força Municipal armada, ela não vai ter as armas para enfrentar equipamentos mais pesados", concluiu.

Criminosos armados guardavam barricadas

Ainda assim, Paes pediu que o subprefeito de Jacarepaguá fosse ao local avaliar a situação, mas não foi possível fazer muita coisa. Segundo o relato da equipe, havia três bandidos fortemente armados guardando as barricadas.

"Pedi ao subprefeito que fosse imediatamente àquele lugar. Ele disse que havia três caras com fuzis. Impossível fazer essa retirada. A gente está vivendo um estado de coisas que é inaceitável. A prefeitura vai sempre apoiar, mas as forças policiais precisam cumprir com seu papel", complementou.

Polícia civil repudia exposição do caso

Em nota divulgada após o vídeo de Paes, a Polícia Civil repudiou a exposição de uma questão de segurança pública que já vinha sendo tratada pela 32ª DP (Taquara). Repudiou também a atitude da Prefeitura do Rio, afirmando que, tendo ciência de que era área conflagrada, não acionou a Polícia Civil ou Militar, "colocando em risco seus servidores apenas para fins político-eleitoreiros".

Por fim, a instituição afirmou que foi completamente deturpada e maldosa a forma como a situação foi exposta. E disse que, "se estivesse preocupada com a segurança pública, a prefeitura teria procurado as forças de segurança, para atuar de forma integrada, visando o bem da população".


*Com informações do Tempo Real

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