BioParque do Rio iniciou um projeto inovador para salvar a rã-de-seropédica (Physalaemus soaresi), uma espécie rara e criticamente ameaçada de extinção, encontrada exclusivamente na Floresta Nacional Mário Xavier, em Seropédica (RJ). A rã enfrenta sérios riscos devido à destruição de seu habitat, causada pelo descarte de lixo e outras atividades humanas.
Com o objetivo de reverter esse quadro, o BioParque investiu na construção de um laboratório avançado e especializado, onde serão elaborados protocolos de manejo e reprodução para garantir a preservação da espécie. Como essa rã nunca foi criada em cativeiro, o projeto começa com experimentos envolvendo uma espécie semelhante, a rã-signifer, que não está ameaçada de extinção.
O diretor técnico do Grupo Cataratas, Marcos Traad, explicou que a meta é formar uma "população de segurança" para evitar o desaparecimento da rã-de-seropédica e, eventualmente, reintroduzi-la em áreas protegidas. O projeto conta com a parceria da ONG Amphibian Ark e do ICMBio, que têm identificado espécies de anfíbios ameaçados no Brasil.