O governador Cláudio Castro (PL) assinou na manhã desta quarta-feira (2/10), no Palácio Guanabara, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que permite a retomada das obras da estação da Gávea do metrô, que estavam paralisadas desde 2015 por suspeita de superfaturamento.
O prazo para conclusão dos trabalhos só será divulgado após a apresentação de um laudo técnico sobre a atual situação da estação, que foi inundada para garantir a integridade da estrutura. A expectativa do Governo do Estado do Rio de Janeiro é que os trabalhas possam começar em 60 dias.
"O primeiro passo é tirar aquela água de lá para as empresas passarem um relatório real da situação que se encontra hoje. Por isso eu fui até muito sincero e verdadeiro naquele prazo que se falava de um ano e meio ou dois. Eu tenho convicção de que vamos ter que ter outra conversa assim que tivermos esse relatório real da coisa", comentou Castro.
O acordo prevê que a concessionária MetrôRio vai arcar com os R$ 600 milhões da obra que eram de responsabilidade do consórcio Rio-Barra. Como retorno, o contrato com o governo do estado do RJ será renovado por mais 10 anos. O Governo do Estado vai investir R$ 97 milhões para complementar as intervenções necessárias.
Além da estação, as empresas responsáveis pelas obras vão construir uma galeria de 40 metros para ligar a estação da Gávea ao bairro de São Conrado. O trecho entre Leblon e Gávea não vai ser construído nesse momento.
Na última semana, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) aprovou, por unanimidade, o TAC que permite a retomada das obras. Em agosto, um relatório do corpo técnico do TCE havia apontado uma série de irregularidades e questionamentos a respeito do acordo.
A estação de metrô da Gávea permanece cheia de água desde a paralisação das obras para evitar o desmoronamento de dois túneis que tinham sido abertos e ligam o bairro ao Leblon e à Rocinha.