Primeiro réu do inquérito sobre o assassinato de Marielle Franco é condenado

'Orelha' ajudou os assassinos da a se desfazerem do carro GM Cobalt usado no crime

Por Conexão no Ar em 30/09/2024 às 16:04:22
Foto: Reprodução

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A Justiça do RJ condenou Edilson Barbosa dos Santos, o Orelha, por ajudar os assassinos da vereadora Marielle Franco a se desfazerem do carro GM Cobalt usado no crime. A decisão é do juiz Renan de Freitas Ongaratto, da 39ª Vara Criminal. Esta é a 1ª condenação na investigação do atentado.

Orelha, que é dono de um ferro-velho, está preso desde o fim de fevereiro. Ele foi condenado a 5 anos de prisão pelo crime de embaraçar a investigação de infração penal que envolva organização criminosa.

A denúncia foi oferecida pela força-tarefa do Gaeco em agosto de 2023. Segundo a investigação, Orelha impediu e atrapalhou as investigações ao destruir o carro em um desmanche no Morro da Pedreira, na Zona Norte do Rio.

Orela era conhecido de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, presos como executores do crime. Segundo a delação premiada de Élcio, o dono de ferro-velho foi acionado pelo ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel – também preso –, para se livrar do veículo usado no atentando que matou a vereadora e seu motorista, Anderson Ramos, em março de 2018.

O juiz menciona que Orelha "tinha consciência da gravidade das infrações penais que estavam sendo investigadas", referindo-se aos homicídios de Marielle Franco e Anderson Gomes. Ele destaca que o réu sabia da importância social de uma solução rápida pelo Poder Público, principalmente porque "todos os jornais, redes sociais e demais veículos midiáticos noticiavam o ocorrido, sua gravidade e possíveis repercussões". A destruição do veículo dificultou as investigações, "reforçando a sensação de impunidade".

O magistrado afirma também que Orelha agiu com dolo ao embaraçar as investigações. Ongaratto enfatiza que foi comprovado que Orelha tinha conhecimento de que o veículo que destruiu havia sido usado nos homicídios. Ele também ressalta que Edilson tinha uma relação de confiança com Maxwell e Ronnie Lessa, o que contribuiu para a execução da ação de destruir o veículo.

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