Primavera começa neste domingo e deve ter volta das chuvas regulares

As temperaturas devem se aproximar da normalidade ao longo da estação. Expectativa é que o fenômeno La Niña se instale nos próximos meses e seja de fraca intensidade

Por Conexão no Ar em 21/09/2024 às 18:52:14
Foto: Reprodução

Foto: Reprodução

A primavera, que marca a transição do inverno para o verão, começa neste domingo (22), às 9h44, horário de Brasília. Além de multiplicar as flores pelas ruas, a nova estação deve trazer um alívio também para a qualidade do ar, trazendo o retorno das chuvas regulares.

O início da primavera ainda deve ser de calor, com previsão de novas ondas de calor, principalmente na primeira quinzena de outubro.

Mas ao longo da estação que vai até o dia 21 de dezembro, a expectativa é que as temperaturas voltem para um padrão mais próximo da normalidade para o período.

Segundo Vinicius Lucyrio, meteorologista da Climatempo, os próximos meses devem ser característicos de transição de um padrão mais seco e quente para um calor mais ameno e úmido.

De acordo com a Climatempo, as principais tendências para a primavera são:

  • Temperaturas mais próximas da normalidade ao longo da estação

Ainda no início da primavera, a tendência é de temperaturas altas, bem acima da média. Mas, a média que os meses avançam, o esperado é que os desvios de temperaturas se normalizem.

Segundo o meteorologista, é bem improvável que grandes ondas de calor aconteçam nos meses de novembro e dezembro, como aconteceu em 2023.

Boa parte do Centro-Norte e algumas regiões de São Paulo, Paraná e Minas Gerais devem registrar marcas acima da média, principalmente entre outubro e novembro.

Já em dezembro, as temperaturas devem ficar bem mais próximas da normalidade, situação muito diferente do observado no ano passado.

Ao longo da estação, a previsão é que as chuvas voltem a cair sobre o país de forma mais regular.

Esse retorno deve contribuir para que as ondas de calor se limitem às áreas do Centro-Norte. Assim, somente a região entre Pará, Tocantins, parte do Nordeste e norte de Goiás devem ter ondas de calor ao longo também de novembro.

A tendência é que os volumes superem a média em várias partes do Centro-Sul. No Norte, a chuva deve demorar um pouco mais para retornar e para que os acumulados sejam mais significativos.

Dezembro deve ser marcado pelas pancadas de chuva já mais típicas de verão, com a região Sul um pouco mais seca do que o normal – já sob o efeito do La Niña.

Retorno das chuvas

Já a partir de outubro a chuvas devem voltar a acontecer de forma mais regular no país. Mas, o retorno deve acontecer aos poucos ao longo da estação.

??No primeiro mês da primavera, a chuva deve voltar a ser mais constante na faixa entre Paraná e São Paulo, passando pelo sul de Goiás e se estendendo até boa parte do Amazonas e o Acre.

??Já em novembro, deve retornar para o restante do Sudeste e do Centro-oeste, além do norte do Amazonas, Roraima e Sul do Pará.

??Por fim, em dezembro, a chuva volta para o sul da Bahia, Tocantins e Pará.

Chegada do La Niña

Outro evento que deve influenciar o clima ao longo da estação é a instalação do fenômeno La Niña.

??O La Niña ocorre quando há o resfriamento da faixa Equatorial Central e Centro-Leste do Oceano Pacífico. Ele é estabelecido quando há uma diminuição igual ou maior a 0,5°C nas águas do oceano. O fenômeno acontece a cada 3 ou 5 anos.

Atualmente, o Oceano Pacífico está na chamada fase neutra, quando não há atuação de nenhum dos dois fenômenos.

Segundo o relatório da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês) divulgado no dia 11 de setembro, há 60% de chance da consolidação do La Niña entre outubro e novembro.

Apesar da previsão de instalação do fenômeno, a tendência é que ele seja de fraca intensidade. Isso porque o aquecimento dos oceanos, de maneira geral, devem amenizar os efeitos do La Niña.

Com a previsão de baixa intensidade, o fenômeno deve ter pouca influência nas chuvas no Brasil. Os efeitos clássicos no país costumam ser:

  • Aumento de chuvas no Norte e no Nordeste;
  • Tempo seco no Centro-Sul, com chuvas mais irregulares;
  • Tendência de tempo mais seco no Sul;
  • Condição mais favorável para a entrada de massas de ar frio no Brasil, gerando maior variação térmica.
Comunicar erro
Alerj