A Polícia Federal prendeu neste sábado (17) o ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque, que estava foragido, a manhã deste sábado em Volta Redonda, na região Sul do Rio de Janeiro.
Duque, condenado a 39 anos de prisão, chegou a ser procurado em Curitiba. Segundo a PF, ele também tinha informado à Justiça um endereço no Rio de Janeiro.
Renato Duque, de 69 anos, foi encontrado em uma casa no bairro Niterói, após o cruzamento de informações de inteligência do Núcleo de Capturas da PF no Rio de Janeiro.
A Justiça Federal de Curitiba expediu o mandado de prisão dele no dia 18 de julho. Desde então, ele não tinha sido encontrado.
A condenação foi pelos crimes de corrupção passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro em um processo da Operação Lava Jato.
Após os procedimentos legais, o preso foi encaminhado ao sistema prisional do estado, onde permanecerá à disposição da Justiça, segundo a PF. Ainda pela manhã, Renato Duque deu entrada no presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio.
Em março de 2020, Duque colocou tornozeleira eletrônica e deixou a prisão no Paraná rumo ao Rio de Janeiro. Ele ficou preso por cinco anos após investigações e condenações da Lava Jato.
A primeira pena contra Duque aconteceu em 2015, durante a 10ª fase da Lava Jato. Ele foi condenado por associação criminosa. A pena para o ex-diretor foi de 20 anos 8 meses. À época, ele estava preso no Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
Em menos de um ano, ele foi mais uma vez condenado, agora por corrupção passiva e lavagem de dinheiro: 20 anos de prisão, três meses e 10 dias, inicialmente, em regime fechado. A decisão aconteceu durante a 14ª fase da Lava Jato.
O então juiz Sergio Moro afirmou, na ocasião, que houve pagamento de propina a funcionários da petrolífera, com destinação de recursos para financiamento político.