O projeto de naturalização da Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul, completou um ano nesta quinta-feira (20). Durante a manhã, alunos da Escola Municipal Edna Poncioni e estudantes de Geografia da Universidade Federal do Rio (UFRJ ) estiveram na altura do Parque do Cantagalo para plantar mudas e soltar cerca de 50 caranguejos do tipo guaiamuns, espécie ameaçada de extinção, na restinga.
Além de revitalizar o espaço, o projeto assinado pelo biólogo Mário Moscatelli e pela paisagista Carolina Moscatelli visa mitigar alagamentos crônicos em pontos da ciclovia e ampliar o espelho d'água da lagoa em 2.600 metros.
Já no primeiro ano, foi possível observar a reprodução de frangos d'água e a presença de capivaras e de insetos polinizadores."O projeto de naturalização, que completa um ano, é um pequeno fragmento daquilo que foi tomado da Lagoa ao longo dos anos. Rapidamente já mostra em sua exuberância vegetal e animal o quanto os processos naturais, quando não contrariados, podem colaborar decisivamente para a qualidade ambiental das demais espécies e da vida humana. Sem a necessidade de megainvestimentos, mas unindo a colaboração do poder público e da iniciativa privada, é possível resolver de forma eficiente em termos ambientais. Esse é o caminho", explicou Moscatelli, coordenador-técnico do projeto, biólogo, mestre em ecologia e especialista em gestão e recuperação de ecossistemas costeiros.