O Réveillon nos pontos oficiais de festas no Rio de Janeiro gerou 969 toneladas de lixo entre a noite de domingo (31) e a madrugada desta segunda-feira (1º). Em Copacabana, palco principal da festa na cidade, foram 484 toneladas, metade do total coletado nas ruas.
A prefeitura montou uma megaoperação de limpeza para o Ano Novo com 4.778 garis — o maior efetivo da história, segundo o município. Os trabalhadores da Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana) garantiram ruas limpas pouco depois das 9h.
A equipe foi distribuída nos pontos de queima de fogos —Copacabana, Flamengo, praça Mauá, Barra da Tijuca, Recreio, praia de Sepetiba, Pedra de Guaratiba, Bangu, igreja da Penha, Parque Madureira, Ilha do Governador, Paquetá e piscinão de Ramos— e outros trechos da orla.
O presidente da Comlurb, Flávio Lopes, disse que os garis entregaram as praias limpas e as pistas liberadas ao trânsito em tempo recorde.
"Este ano, com o emprego dos novos equipamentos de limpeza de praia e das novas pás e minipás mecânicas, a Comlurb conseguiu bater o recorde, finalizando o serviço antes das 10h. A limpeza na areia da praia demorou um pouco mais porque as pessoas ficam deitadas, o que dificulta o trânsito dos nossos equipamentos", disse.
Neste domingo (31), a praia de Copacabana teve dois palcos com shows de artistas como Ludmilla, Luísa Sonza, Jorge Aragão e Diogo Nogueira, além de baterias de escolas de samba. A festa começou por volta das 19h.
Com estimativa de 2,5 milhões de pessoas na orla, o policiamento também foi reforçado neste ano, em Copacabana. O bairro virou alvo de atenção da polícia após a divulgação de cenas de violência e uma onda de roubos nas ruas nos últimos meses.
Diante do cenário, a Polícia Militar estreou o sistema de videomonitoramento com reconhecimento facial em pontos de revista nos acessos à praia.
No primeiro Réveillon com a tecnologia, foram apreendidos celulares, cédulas de real e dólar, uma faca e uma réplica de pistola. Ao menos 12 pessoas foram levadas para a delegacia.
Antes mesmo da virada, um homem foi preso por volta das 21h30, após ter sido identificado por câmeras de reconhecimento facial. Segundo a PM, ele estava foragido da Justiça por tentativa de homicídio.
A PM fez revistas com detectores de metais nos acessos à avenida Atlântica. Para acessar a praia, as pessoas tinham ainda que abrir caixas térmicas e bolsas para revista. Ao todo 3.000 policiais foram destacados para trabalhar em Copacabana, 11% maior do que o ano passado.
O efetivo contou com 61 torres de monitoramento ao longo da praia, além de drones exibindo imagens em tempo real para agentes no Centro Integrado de Comando e Controle da Polícia Militar.
Para o sistema de reconhecimento facial, foram usadas 260 câmeras, que também serviram para identificação de placas de carro em toda a orla da capital e nas principais vias expressas da cidade.
Já a Polícia Civil contou com 3.600 agentes, boa parte deles nas delegacias da zona sul.