Ronda Maria da Penha da Guarda Municipal do Rio completa três anos com mais de 33 mil ações

No perípdo, também foram efetuadas 67 prisões em flagrante

Por Conexão no Ar em 09/03/2024 às 07:15:27
Foto: Divulgação

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A Ronda Maria da Penha da Guarda Municipal do Rio (GM-Rio) completou três anos nesta sexta-feira (08/03), data em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher. De março de 2021 a fevereiro de 2024 foram registradas 33.522 ações de acolhimento a vítimas de algum tipo de violência doméstica ou familiar, além de 67 prisões em flagrante, sendo a maioria por descumprimento de medida protetiva. Ao longo desse período, 4.743 mulheres já foram assistidas pelas equipes da GM-Rio.

Quase metade das prisões ocorreram em 2023, totalizando 30 conduções à delegacia. Entre os fatores que contribuíram para a chegada a esse número estão o aumento do efetivo – a Ronda Maria da Penha iniciou com 32 guardas e, atualmente, conta com 85 -, a melhoria da logística de atuação e o amadurecimento do atendimento, além de maior independência institucional.

Os guardas municipais atuam na verificação do cumprimento de medidas protetivas deferidas pelos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Capital. Os patrulheiros fazem os atendimentos com três agentes, sempre tendo, pelo menos, uma guarda feminina na equipe. O contato direto com as mulheres assistidas serve para mantê-las seguras, impedindo a aproximação dos agressores, coibindo assim a revitimização.

"A atuação da Ronda Maria da Penha é de extrema importância para a sociedade. A mulher, ao decidir romper o ciclo de violência que estava vivendo em seu lar ou na família, e solicitar a medida protetiva de urgência, ela se vê em uma situação de muita fragilidade, de muito medo, muitas incertezas, sem saber direito o que vai acontecer a partir dali. As equipes atuando 24 horas permitem o acolhimento individual e humanizado dessa mulher, dando mais segurança e fortalecimento para que ela possa prosseguir com sua vida. Além de fornecer a proteção, a atuação da Ronda Maria da Penha também conecta essa mulher a uma rede de proteção já existente e especializada que vai dar orientações em vários âmbitos da vida para que ela possa efetivamente romper esse ciclo, " afirma a líder operacional Glória Maria Bastos, comandante da Ronda Maria da Penha.

A rede proteção, destacada pela líder operacional Glória, inclui órgãos de proteção em todas as esferas de governo, em especial a Secretaria Especial de Políticas e Promoção da Mulher, da Prefeitura do Rio, que oferece assistência social, psicológica, recolocação profissional e capacitação, entre outros benefícios. A violência contra a mulher pode ser praticada também por familiares, como filhos e irmãos, e se manifesta de diversas formas, não somente a física, mas também patrimonial, sexual, moral e psicológica, por exemplo. Alguns tipos de violência são mais difíceis de identificação, mas todos estão igualmente previstos em lei e são coibidos pelos agentes de segurança.

– Garantir a segurança das mulheres é um compromisso da Guarda Municipal. Além das equipes da Ronda Maria da Penha, todos os guardas municipais estão aptos a agir em flagrantes de agressão durante o patrulhamento de rotina. A Lei Maria da Penha estabelece os parâmetros para a proteção das mulheres, e nossas equipes atuam para fazer cumprir a lei – conclui o comandante da GM-Rio, inspetor geral José Ricardo Soares.

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