Saneamento avança no país, mas um quarto da população ainda não tem acesso

Parcela dos brasileiros com rede coletora de esgoto ou fossa séptica chega a 75,7%, contra 59,2% em 2000

Por Conexão no Ar em 23/02/2024 às 16:14:31
Foto: Reprodução Internet (Rocinha/Rio)

Foto: Reprodução Internet (Rocinha/Rio)

O saneamento básico melhorou no país. Em 2022, 75,7% da população (ou 153,1 milhões de pessoas) estavam em domicílios com rede coletora de esgoto ou fossa séptica. Um dos piores indicadores sociais do Brasil vinha avançando devagar nas décadas anteriores. Em 2000, 59,2% viviam em lares com saneamento básico, de acordo com os números do Censo 2022, divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (23/02).

"Todas as unidades da federação registraram, entre 2010 e 2022, crescimento da proporção da população residindo em domicílios com esgotamento por rede coletora ou fossa séptica. Nesse último indicador, a maior evolução foi registrada no Mato Grosso do Sul - de 37,7% em 2010 para 72,5% em 2022", informa a publicação do Censo.

Mas a desigualdade persiste. Segundo o IBGE, em 2.386 cidades brasileiras, "menos da metade da população residia em domicílios com esgotamento por rede coletora ou por fossa séptica".

Ao todo, são 49 milhões de habitantes sem acesso adequado à esgotamento sanitário. Quando se observa o contingente sem água encanada, 4,8 milhões de brasileiros ainda estão sem esse tipo de abastecimento.

Entre os 24,3% da população que não têm rede coletora ou fossa séptica, 19,4% despejam o esgoto em buracos ou fossas rudimentares. Outros 2% usavam rios, lagos ou córregos.

E 0,6% dos domicílios do país não tem banheiro ou sanitário.

Apenas as regiões Sudeste e Centro-Oeste têm mais 50% da população em casas que estão ligadas à rede coletora geral e pluvial. No Norte, até mesmo pelas condições geográficas, o alcance é de somente 17% da população. O melhor estado nesse quesito é São Paulo, com 89,8% conectados. No Estado do Rio, a taxa é de 76,6%.

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