Após o presidente Lula ter comparadado as mortes de palestinos em Gaza à matança de judeus na Alemanha nazista de Adolf Hitler, o Itamaraty adotou o silêncio como estratégia para "não escalar" a crise diplomática. Integrantes da pastas sinalizam que só haverá uma manifestação oficial depois do embaixador brasileiro em Tel Aviv, Frederico Meyer, se apresentar formalmente, nesta segunda-feira, na chancelaria de Israel. Ele foi convocado pelo governo israelense a prestar esclarecimentos, num sinal claro de descontentamento.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que "as palavras do presidente do Brasil são vergonhosas e graves".
O Palácio do Planalto, por sua vez, emitiu uma nota na noite deste domingo, após as repercussões das declarações do presidente. "O presidente Lula condenou desde o dia 7 de outubro os atos terroristas do Hamas. O fez diversas vezes. E se opõem a uma reação desproporcional e ao sofrimento de mulheres e crianças na Faixa de Gaza", disse a nota, sem tratar especificamente da crise diplomática nem da convocação do embaixador do Brasil em Israel.