Ex-jogador chora, detalha sequestro e diz que foi obrigado a gravar vídeo

O ex-jogador de futebol Marcelinho Carioca concedeu, nesta segunda-feira (18), uma entrevista coletiva em que revelou os detalhes do sequestro que sofreu. O ex-atleta estava desaparecido desde domingo (17). Ele afirmou que foi abordado por três homens e recebeu uma coronhada após show do cantor Thiaguinho, na Arena Corinthians, em São Paulo.

"Eu fui para o show do Thiaguinho, no sábado, e saí de lá (Neo Química Arena) por volta de 00h40. Voltando para casa, sempre falando com as pessoas que iriam ao show de domingo. Eu disse a elas que domingo eu não poderia ir, porque iria ao evento do Corinthians no CT. Eu fui até lá para entregar os ingressos para eles irem no domingo", disse.

"Daí, chegaram três indivíduos e me abordaram. Tomei essa coronhada, depois não vi mais nada. Quando entrei no carro, coloquei o capuz e não vi mais nada", complementou.

Mais cedo, Marcelinho apareceu em um vídeo em um suposto cativeiro. Nas imagens, ele explica que se relacionou com uma mulher casada em um show e acabou sequestrado pelo marido dela. Ela aparece no vídeo, que circulou em redes sociais, e confirmou o episódio. Na entrevista, porém, o ex-jogador afirmou que as declarações só aconteceram porque estava com uma arma apontada para sua cabeça.

"Eu queria falar da Taís. Ela é minha amiga há três anos. Eu conheço o ex-marido dela, Márcio, os três filhos dela. É uma mulher íntegra, guerreira. Falaram uma porção de coisas. Eu não tenho nada a ver com a Taís e nem ela comigo. Ela é minha amiga", disse. "Se você tem uma arma apontada na sua cabeça e a pessoa te obriga a falar, o que você faz? A Thaís é brilhante, guerreira, trabalhadora, não temos nada a ver. Só amizade", acrescentou.

Mesmo com aparentes sinais de agressão, Marcelinho Carioca disse que não sofreu "maldade". Apesar disso, o ex-jogador afirmou que os envolvidos no sequestro pediram dinheiro.

"Eles falaram: cara, você tem que colaborar pra gente pegar todo seu dinheiro. Eu falei: não tem problema, pode pegar. Eu só quero que vocês me soltem. Meus filhos devem estar preocupados, todo mundo deve estar preocupado. É ruim. Não é fácil ter um revolver apontado na sua cabeça. Mas assim, não fizeram nenhuma maldade", também afirmou.