Carlos Bolsonaro é alvo de operação da PF que investiga espionagem ilegal pela Abin

Computador da Abin é apreendido com Carlos Bolsonaro

Por Conexão no Ar em 29/01/2024 às 08:28:26
Foto: Reprodução imagem TV Globo

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A Polícia Federal realizou na manhã desta segunda-feira (29) uma operação para apurar ações da Abin durante o governo Bolsonaro. Um dos alvos da operação é o segundo filho do ex-presidente e vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).

A Polícia Federal suspeita que, sob o mandato de Jair Bolsonaro, a Abin atuou como um braço de coleta de informações ilegais, sem autorização judicial, e também como fonte de informações falsas, depois disseminadas por perfis de extrema direita para difamar instituições e autoridades.

A busca e apreensão foi autorizada para a residência de Carlos Bolsonaro e também para a Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Assessores também foram alvo da operação.

No total, três notebooks, 11 computadores e quatro celulares foram apreendidos pela PF em endereços ligados a Carlos Bolsonaro

Também foi feita diligência da Polícia Federal em uma casa em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, onde Jair Bolsonaro realizou uma live nas redes sociais no domingo (28/01). O ex-presidente e os filhos estavam no local durante esta manhã, e deixaram a casa de barco.

Segundo o advogado de Jair Bolsonaro, Fabio Wajngarten, afirmou pelo Twitter , ele saiu para pescar com os filhos às 5h da manhã, antes de saber da operação da Polícia Federal

O vereador deve ser convidado, ainda hoje, para depor na Polícia Federal, mas como é investigado por envolvimento em organização criminosa, tem o direito de depor em até 3 dias.

Em buscas na internet, o nome dele aparece como militar do Exército, vinculado a batalhões no Rio e com passagem também pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no governo Michel Temer.

Carlos Bolsonaro é vereador desde 2001 e está em seu sexto mandato consecutivo na Câmara Municipal do Rio. Ele foi apontado pelo ex-braço-direito de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, como chefe do comando do gabinete do ódio, uma estrutura paralela montada no Palácio do Planalto para atacar adversários e instituições – como o sistema eleitoral brasileiro.

Na última quinta-feira (25), o ministro do STF Alexandre de Moraes afirmou que o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, usou o órgão para fazer espionagem ilegal a favor da família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O ministro é relator do caso, é quem assina a autorização para os mandados.

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