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Belford Roxo

Polícia investiga prédios da Prefeitura de Belford Roxo para identificar responsáveis por destruição

O atual prefeito Marcio Canella acusa seu antecessor, o ex-prefeito Waguinho, de ter depenado a sede do Executivo e abandonado outros prédios públicos do município


Foto: Divulgação

A Polícia Civil do Rio de Janeiro vai visitar e realizar um trabalho de perícia nos prédios da Prefeitura de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, que foram destruídos e tiveram itens roubados.

Segundo o prefeito Marcio Canella (União Brasil), seu antecessor, o ex-prefeito Waguinho (Republicanos), foi responsável por depredar a sede do Executivo e abandonar outros imóveis do município. Waguinho nega as acusações.

O novo prefeito divulgou imagens de paredes e portas quebradas, vidros destruídos, equipamentos roubados e lixo por todo lado. Essa era a cena encontrada em diferentes prédios da Prefeitura de Belford Roxo essa semana. Os locais visitados pela reportagem estavam completamente abandonados. Os problemas se espalham por diferentes unidades públicas, como a Secretaria de Cultura, a Biblioteca do Centro de Cultura, o teatro municipal, a Vila Olímpica e a Escola Especial Albert Sabin.

A administração de Canella também apontou que o gabinete do prefeito também foi depredado. O atual prefeito afirmou que encontrou o local sem computador e HDs. Segundo ele, até as pilhas do controle remoto do ar-condicionado sumiram.

Canella baixou um decreto de calamidade financeira no município e determinou que a prefeitura fique fechada por 15 dias para refazer o que foi destruído.

Colapso nos serviços públicos

A destruição dos equipamentos públicos do município provoca problemas no atendimento à população. Soma-se a isso problemas administrativos deixados pela última gestão, como a falta de pagamento de salários, por exemplo.



Essa é a situação da Unidade de Saúde da Família Dona Isaura, em Heliópolis. A clínica conta com 12 funcionários, que disseram estar com salários atrasados, do mês de dezembro e do 13°.

Os moradores que chegam para buscar atendimento encontram uma estrutura comprometida e com vários sinais de abandono. O prédio da unidade está cercado de mato alto, as salas estão com vidros quebrados e os banheiros estão sem água para lavar as mãos. A parede do posto de saúde tem água escorrendo e juntando lodo.

Segundo funcionários, há pelo menos quatro meses a prefeitura parou de recolher o lixo do material contaminado usado na clínica.

Em nota, Waguinho nega as acusações:

"Antecipando que poderiam tentar desqualificar nosso trabalho com inverdades, nossa assessoria registrou, no dia 31 de dezembro, um vídeo mostrando o gabinete em perfeito estado e completo com os devidos móveis e equipamentos. No mesmo registro, é possível ver a entrega das chaves a um guarda municipal de carreira, que recebeu o gabinete nas mesmas condições demonstradas no vídeo.

As imagens comprovam que não houve tempo hábil para qualquer alteração no espaço entre a gravação e a entrega. Esse episódio lamentável só evidencia o despreparo do atual gestor e sua equipe, que tentam criar narrativas infundadas ao invés de se dedicarem ao trabalho pela cidade.

Reforçamos o compromisso com a verdade e seguimos à disposição para quaisquer esclarecimentos".

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