O verão, última estação do ano, já copmeçou, às 6h20, deste sábado (21/12) e deve ter chuvas acima da média. A nova estação, que se estende até as 6h02 do dia 20 de março, não deve ser marcada por grandes ondas de calor.
Caracterizado pela elevação da temperatura em todo o país, no verão os dias se tornam mais longos do que as noites e as mudanças rápidas nas condições do tempo são comuns.
Fábio Luengo comenta que a previsão é de um verão bem diferente dos últimos verões. Isso porque não vai haver influência do El Niño e o La Niña, se realmente se configurar, pode ser bem fraco, o que aproximaria o tempo de uma condição de neutralidade.
De maneira geral, a Climatempo destaca que as principais tendências para a estação neste ano são:
- Formação frequente de corredores de umidade entre o Norte, Centro-Oeste e Sudeste, contribuindo para a instabilidade no clima -- há possibilidade da formação de Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) ao longo do verão.
- Chuvas volumosas, que podem ficar acima da média, em boa parte do Sudeste, Centro-Oeste, Norte e parte do Nordeste.
- Temperaturas acima da média no Sul e em parte da região Norte, com alguns dias com calor acima do normal.
- Alta nebulosidade e chuva frequente, o que deve impedir a formação de ondas de calor de grande abrangência sobre o país.
Com a previsão de um verão com chuvas acima da média em boa parte do país, dois sistemas comuns dessa época do ano vão contribuir para os grandes volumes de chuva:
A Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) se caracteriza por uma extensa faixa de nuvens que normalmente vai do Norte ao Sudeste. O sistema é responsável por manter o tempo instável nessas regiões, gerando acumulados consideráveis de chuva.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o sistema deve ser o principal responsável pelas chuvas esperadas para o Sudeste e para o Centro-Oeste.
A temperatura da superfície do Atlântico Sul deve favorecer o avanço de frente frias pela costa do Sul e do Sudeste. Isso também deve ajudar a canalizar o ar úmido do Norte para o Centro-oeste e para o Sudeste.
Já a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é um encontro de ventos na região do Equador. É dos principais sistemas meteorológicos causadores de chuva nas regiões Norte e Nordeste durante o verão e o outono, segundo o Inmet.
Segundo a Climatempo, para o verão 2024/2025 a previsão é que aconteça um atraso na aproximação da ZCIT por causa da temperatura marítima entre o Atlântico Tropical Norte e o Tropical Sul.
A tendência do Pacífico Equatorial um pouco mais frio também deve contribuir para que este verão tenha mais chuva do que o normal.
Grande parte do Sudeste e Centro-Oeste e algumas áreas do Norte e do Nordeste devem ter chuva volumosa e frequente ao longo de toda a estação.
Calor próximo da média
A tendência de um verão com mais nebulosidade e chuva também deve fazer com que o calor fique mais próximo da média em boa parte do país.
Isso também deve evitar longos períodos de calor intenso no Centro-Oeste e Sudeste, como aconteceu nos últimos verões. De acordo com a Climatempo, não há expectativa de ondas de calor de grande abrangência no Brasil nos próximos meses.
Luengo explica que podem ser registrados dias com temperaturas acima da média, mas que esse padrão não deve se estender por muitos dias. "De modo geral, não deve ser um verão tão quente quanto o último. Vai ser quente, na média de 28°C ou 29°C, mas não tanto quantos os últimos", compara.
Tendência para o Sudeste
- Semanas chuvosas com temperaturas próximas ou abaixo da média devem se alternar com semanas de calor e pancadas de chuva características do verão.
- Este verão deve ser menos quente do que o último na região, com frentes frias avançando com frequência pela costa.
- Tendência de mais chuva do que o registrado no último verão, o que deve ajudar a manter a temperatura mais próxima da média.