Ao decorrer desta semana, 20 bairros foram afetados pelo desabastecimento inesperado: Andaraí, Bairro de Fátima, Botafogo, Catete, Catumbi, Centro, Cosme Velho, Gamboa, Laranjeiras, Leme, Maracanã, Praça da Bandeira, Rio Comprido, Tijuca, Santa Teresa, Saúde, Vila Isabel e partes de Flamengo, Glória e Urca.
Às dez milhões de pessoas do município do Rio e da Baixada abastecidas pelo Guandu, no entanto, o aviso para racionar valia desde a última terça-feira, quando a Cedae começou a manutenção anual do sistema. O serviço terminou no mesmo dia, dentro do prazo. A normalização do abastecimento, prevista para até 72 horas em alguns locais, no entanto, seguia desigual. Até que o reparo não previsto da Águas do Rio complicasse mais o quadro.
Como solução, muitos condomínios e moradores recorreram a caminhões-pipa. Em dias normais, cada carro-pipa sai, em média, por R$ 700. Durante a crise de desabastecimento, o preço chegou aos R$ 1,4 mil (o dobro). Mas houve relatos de que fornecedores ofereciam o mesmo serviço por R$ 4,8 mil ou até por R$ 7 mil, valor dez vezes maior que o usual.
Preços como esses levaram a Secretaria estadual de Defesa do Consumidor a abrir um processo administrativo para investigar cobranças abusivas.