O dólar inverteu o cenário observado pela pela manhã e fechou em queda quarta-feira (6/11), a R$ 5,67. O recuo da moeda refletiu um movimento de realização de lucros, após uma forte alta no início das negociações ter levado o dólar a atingir os R$ 5,86, conforme investidores repercutiam vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos.
Naquele momento, o resultado do pleito provocou um aumento expressivo nos juros futuros norte-americanos e, como consequência, o dólar também disparou frente a outras moedas. A política econômica protecionista defendida pelo presidente eleito pode prejudicar o controle da inflação dos Estados Unidos e aumentar o endividamento do país.
Taxas de juros mais altas por mais tempo ajudam a valorizar a moeda norte-americana. O dólar turismo, que é a moeda utilizada para quem vai viajar ou fazer compras internacionais em dólar, também recuou para baixo da casa dos R$ 6.
Também está no radar do mercado a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC), prevista para hoje. A projeção é que o colegiado promova uma nova alta na Selic, taxa básica de juros, atualmente em 10,75% ao ano.
A expectativa pelas medidas de cortes de gastos por parte do governo também continuava no foco dos investidores.
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, operava em baixa.
Ao final da sessão, o dólar recuou 1,26%, cotado a R$ 5,6742. Na mínima do dia, chegou a 5,6647. Na máxima, a R$ 5,8619.