Parentes de Marielle e Anderson fazem missa no Cristo Redentor; réus vão a júri popular esta semana

O julgamento dos ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz acontecerá na próxima quarta-feira (30).

Por Conexão no Ar em 28/10/2024 às 09:07:31
Foto: Reprodução

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Na noite deste domingo (27/10), parentes da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes se reuniram em uma missa aos pés do Cristo Redentor.

A cerimônia aconteceu às vésperas do julgamento dos ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, acusados de participação do crime. O júri está marcado para a próxima quarta-feira (30/10).

"Tem tanta coisa ainda [para acontecer], mas acho que é o primeiro passo [o julgamento dos assassinos confessos]. A gente tem depois o julgamento dos mandantes. Mas é o primeiro passo. É um misto de dor e de esperança também", destacou Agatha Arnaus, viúva de Anderson Gomes.

A missa faz parte de uma série de eventos do Instituto Marielle Franco para chamar a atenção da opinião pública e exigir respostas da justiça. Nesta semana, mais de 6 anos e 7 meses do crime, os ex-PMs acusados das mortes serão julgados.Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz vão à júri popular, no 4º Tribunal do Juri do RJ, na próxima quarta.

A ex-vereadora e o motorista foram assassinados a tiros em 14 de março de 2018 e, apesar da ampla repercussão do crime, até hoje não houve julgamento dos acusados pelas execuções.

"É um processo muito árduo, que a gente tem que ficar alerta. Foram anos e ainda é um processo de muita luta para a gente continuar pressionando e mobilizando. Que a gente consiga de fato a responsabilização, a primeira responsabilização desse caso depois de praticamente sete anos", disse Diana Mendes, diretora de estratégia e sustentabilidade do Instituto Marielle Franco.

Os acusados de serem os mandantes do crime — o conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado Domingos Brazão, o deputado federal Chiquinho Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa — também ainda não foram julgados.

Em março deste ano, os irmãos Brazão e o ex-delegado do caso foram presos. Eles estão em presídios de segurança máxima. Na última semana, o Supremo Tribunal Federal (STF) colheu os depoimentos dos três. Eles negam participação no crime.

No dia do julgamento dos ex-PMs, na quarta, familiares e amigos de Marielle e Anderson programaram uma manifestação em frente ao Tribunal de Justiça do Rio.

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