O Rio Ônibus, sindicato que representa as empresas de ônibus no Rio, calcula que o prejuízo do início de 2023 até julho de 2024 com ataques a coletivos na cidade é de R$ 70.311.740,15.
Os dados incluem prejuízos causados em coletivos incendiados, vandalizados ou sequestrados para serem utilizados como barricadas, como foi feito por criminosos com nove ônibus nesta quarta-feira (16) na Tijuquinha, zona oeste, para evitar uma operação do BOPE.
Segundo o sindicato, em 2023, o prejuízo foi de 47.680.040,15 centavos, de janeiro a dezembro. Este ano, a cifra é de pelo menos R$ 22.631.700.
Segundo o sindicato, os bairros mais afetados pelos sequestros para uso de veículos como barricadas são Vila Aliança e Muzema/Tijuquinha, na Zona Oeste, além de Cordovil e Ramos, na Zona Norte.
Nesta quarta, ainda segundo o Rio Ônibus, os bandidos pediram para os passageiros descerem e atravessaram os veículos na via.
"Esse tipo de estratégia que os criminosos utilizam para desviar a atenção da Polícia Militar do ponto onde a gente está atuando ali, tentando criar essa cortina de fumaça, levando a desordem, o caos para pessoas inocentes", disse a porta-voz da Polícia Militar, tenente coronel Cláudia Moraes.
O secretário de Segurança Pública do RJ, Victor Santos, disse que não houve feridos nem confronto.
A via foi interditada nos dois sentidos e, em função disso, uma longa fila de ônibus se formava na região.
Linhas dos coletivos que circulam na localidade tiveram o itinerário alterado. De acordo com a Polícia Civil, o crime organizado tem uma espécie de função para gerentes de barricadas, responsável por instalar bloqueios nas comunidades do Rio para dificultar o acesso da polícia.
*com informações do G1