O furacão Milton, que deve atingir a costa da Flórida nesta quarta-feira ganhou força ontem à noite e voltou à categoria 5, com ventos sustentados de 260 quilômetros por hora.
Entre a noite de hoje e a manhã de quinta-feira, espera-se que ele cause fortes chuvas, inundações e ondas de mais de 3 metros, especialmente na região densamente povoada de Tampa Bay, que é atingida diretamente por um furacão há mais de um século.
"Você vai ver inundações de casas e empresas, você vai ver resgates. Inundações em áreas que normalmente não inundam", disse Mike Brennan, diretor do Centro Nacional de Furacões, em uma transmissão na manhã de terça-feira. "Estou implorando a vocês que saiam dessas áreas de evacuação de tempestades, se ainda não o fizeram", alertou.
Essa ameaça colocou quase todo o estado, incluindo os condados de Miami-Dade e Broward e Florida Keys, sob algum tipo de alerta ou vigilância de furacão ou tempestade tropical.
O sudeste da Flórida pode enfrentar rajadas de vento de força de tempestade tropical começando na tarde desta quarta-feira até a manhã de quinta-feira, com chuvas de inundação nas bordas externas do Milton.
Governo em alerta
O presidente dos EUA, Joe Biden, cancelou nessa terça-feira (8/10) uma viagem à Alemanha marcada para esta semana que culminaria em uma cúpula onde seria discutido o "plano da vitória" do presidente ucraniano Volodimir Zelenski na guerra contra a Rússia.
A Casa Branca informou que o cancelamento se deu em razão da aproximação do furacão Milton, que se dirige para o estado da Flórida e retornou ao status de uma tempestade de categoria 5 – a mais alta na escala Saffir-Simpson – na tarde desta terça. A expectativa das autoridades americanas é que o furacão pode se tornar o "mais devastador em 100 anos".
Segundo a Casa Branca, Biden decidiu permanecer no país para "supervisionar os preparativos e a resposta" ao furacão.