Nos últimos 12 meses, 147 ônibus foram sequestrados por criminosos e usados como barricadas em comunidades do Rio de Janeiro a fim de impedir o avanço de forças policiais.
O balanço é do RioÔnibus, o sindicato das viações que operam na capital. Ainda segundo a entidade, 32 coletivos foram incendiados no mesmo período.
Somente nesta quarta-feira (14/08), foram 9 sequestrados e 2 incendiados no Grande Rio, nas represálias de bandidos a ações da polícia no Complexo do Chapadão, na zona norte, e em Belford Roxo, na Baixada Fluminense.
"A recorrência dos casos reitera a necessidade de ações efetivas por parte das autoridades de segurança pública do Rio de Janeiro. É preciso, com urgência, garantir o direito de ir e vir do cidadão", declarou o RioÔnibus.
Já a Semove, a federação das viações de todo o estado (antiga Fetranspor), informou que colabora com as autoridades de segurança em ações de prevenção e repressão "e pede a ajuda de todos na identificação dos criminosos, solicitando que informações sejam encaminhadas ao Disque Denúncia".
Repor um ônibus incendiado custa R$ 900 mil e demora até 6 meses. Já um coletivo sequestrado nem sempre volta para as ruas imediatamente.
"Os criminosos quebram as chaves dentro do miolo de ignição. Então não é só ter chave reserva, tem que ser feito todo um procedimento, e os ônibus precisam ser recolhidos para a garagem", explicou Paulo Valente, porta-voz do RioÔnibus.
"Em uma linha que opera com 10 ônibus, por exemplo: se 2 são danificados e demoram 3 dias para voltar à operação, a viação tem uma redução de até 30% na quantidade de viagens ofertadas à população. E isso aumenta o intervalo entre cada ônibus", emendou Valente.
*com informações do G1