A cidade do Rio de Janeiro faturou quase R$ 100 bilhões com os Jogos Olímpicos de 2026, aponta um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgado nesta terça-feira (23).
A FGV calculou o impacto de o Rio ter sido sede olímpica em diferentes indicadores ao longo desses 8 anos:
O VBP é um índice mais amplo que o PIB e considera o faturamento ao longo de toda a cadeia produtiva. É como se na produção de um pão fossem contabilizados os ganhos com a venda do trigo.
O trabalho concluiu que "os projetos públicos e privados implicaram efeitos econômicos que vão além de seus objetivos iniciais", atingindo regiões, setores e agentes que, à primeira vista, não seriam alvo das políticas e investimentos previstos.
"Em termos de desenvolvimento, chama a atenção o setor de serviços, pois você traz destaque para a atividade de turismo e na parte de equipamentos públicos, com transporte e mobilidade, além do impacto social", ressaltou o economista Joelson Sampaio.
"O impacto não ficou restrito ao Município do Rio de Janeiro. Também atingiu os outros municípios e o estado como um todo. Vimos impacto sobre impostos, renda, emprego e outros agregados econômicos", pontuou o pesquisador Daniel da Mata.
O dossiê de candidatura da cidade para sediar a Rio 2016 previa um gasto total de R$ 28 bilhões, R$ 13 bilhões a menos que os R$39 bilhões usados até 2021.
Segundo a prefeitura, o orçamento olímpico foi ajustado pelo aumento no número de projetos do legado, de 17 para 27. Foram incluídos a Linha 4 do metrô, os piscinões da Praça da Bandeira e a ampliação do Elevado do Joá.