A tendência do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), de apostar em uma chapa puro-sangue (com o deputado federal Pedro Paulo ou o deputado estadual Eduardo Cavaliere de vice), já começou a provocar rusgas entre as principais lideranças do PT.
Indicado pelo presidente Lula para ser o vice, no caso de Paes optar por um candidato do PT, André Ceciliano partiu para o ataque e expressou o sentimento de impaciência entre os lÃderes dos Trabalhadores.
"Fazer média e querer ser Lula e Bolsonaro ao mesmo tempo não vai dar certo. A gente respeita e admira o Paes, é um excelente gestor, mas gato que se acha malandro demais e fica em cima do muro corre o risco de levar pedradas dos dois lados. Se desprezar o PT, o prefeito perderá grande parte do voto progressista. E nada garante que terá o voto bolsonarista que espera", declarou o ex-presidente da Alerj e atual secretário de Assuntos Federativos de Lula em entrevista a Carta Capital.
A estratégia de Paes desagrada a Lula, à presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, e às lideranças do PT no Rio. E a hesitação de Paes em anunciar o nome de seu vice pode gerar um racha com o PT e dificultar seu caminho ao governo estadual, sua meta para 2026.
Mas com o resultado da pesquisa Quaest publicada em 19 de junho, que o mostra o prefeito com 51% das intenções de voto (e 47% quando seu nome é associado a Lula), Paes voltou a desviar do assunto na Imprensa e ensaiou uma reaproximação com o centro-direita, com o apoio declarado do deputado Otoni de Paula (MDB) e conversas com o presidente da Alerj, Rodrigo Bacelar (União) na última semana.
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