Quatro pesquisas Quaest divulgadas neste mĂȘs mostram que, em 4 das maiores cidades do Rio de Janeiro, parcelas significativas do eleitorado votaria em um candidato apoiado por Lula (PT) ou Jair Bolsonaro (PL) mesmo que não o conhecessem.
Na capital, 22% dos eleitores votariam num escolhido por Bolsonaro, mesmo sem conhecĂȘ-lo; 19%, em um indicado por Lula - como a margem de erro é de trĂȘs pontos percentuais, os dois padrinhos polĂticos estão empatados tecnicamente.
Em Duque de Caxias, a 3ÂȘ maior cidade do estado, os percentuais são ligeiramente maiores: 29% votariam num apadrinhado de Bolsonaro, mesmo desconhecido e 24%, em um de Lula (novo empate técnico.
Em Nova Iguaçu a 4ÂȘ maior, as fatias sobem para 35% e 26%, respectivamente -- na cidade, então, o ex-presidente é um padrinho mais forte que o petista -- entre os 4 municĂpios, a cidade foi a em que Bolsonaro levou a maior vantagem sobre Lula no 2Âș turno eleição de 2022 (veja como foi a votação em 2022 no Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Belford Roxo.
E, em Belford Roxo, 29% dos eleitores votariam em um candidato apoiado por Lula e 28%, por Bolsonaro.
Apadrinhamento polĂtico
Para Felipe Nunes, diretor da Quaest, os nĂșmeros mostram a influĂȘncia elevada que Lula e Bolsonaro devem ter nas eleições de 2024. O apadrinhamento nacional em eleições municipais costuma beneficiar, principalmente, candidatos que são menos conhecidos do que os que possuem nomes consolidados, segundo Nunes.
É o caso do Rio de Janeiro, onde o apoio de Bolsonaro faz o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) saltar de 11% para 29%. O atual prefeito, Eduardo Paes (MDB), por outro lado, oscila de 51% sem o apoio de Lula (PT) para 47% com ele (a variação estĂĄ dentro da margem de erro, que é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos).
Em Nova Iguaçu, o apoio de Lula e do deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) faz as intenções de voto do empresĂĄrio e ex-vereador Tuninho da Padaria (PT) subirem de 18% para 29%, uma variação acima da margem de erro; e o apoio de Bolsonaro e do atual prefeito, Rogério Lisboa (PP), fazem o vereador Dudu Reina (PDT) sair de 13% para 38%.
Em Duque de Caxias, onde os melhores colocados na disputa segundo a Quaest são o ex-prefeito, ex-deputado estadual e ex-vereador Zito (PV); e Netinho Reis (MDB), um integrante da famĂlia Reis, da qual fazem parte o atual prefeito, Wilson Reis, e o antecessor, Washington Reis (que saiu para assumir o cargo de secretĂĄrio estadual de Transportes do RJ), os impactos dos apoios são menores.
Zito vai de 40% sem para 42% com o apoio de Lula; e Netinho, de 23% sem para 29% com o apoio de Bolsonaro e de Washington Reis (ambas variações dentro da margem de erro, que é de 3 pontos).
E, em Belford Roxo, o deputado estadual mais votado do RJ em 2022, MĂĄrcio Canella ( União Brasil), oscila de 55% sem para 53% com o apoio de Bolsonaro.
JĂĄ o apoio de Lula tem um impacto maior na campanha de Matheus do Waguinho (Republicanos), que vai se candidatar pela primeira vez a um cargo eletivo. Com o apoio de Lula, Matheus - que é sobrinho do prefeito, Waguinho (Republicanos), vai de 27% para 36%, uma subida 1 ponto percentual acima do limite da margem de erro, que é de quatro pontos para mais ou para menos.
Pesquisa
A Quaest fez as pesquisas no mĂȘs de junho nas cidades do Rio de Janeiro, Belford Roxo, Duque de Caxias Nova Iguaçu: