A Polícia Militar realiza, pelo segundo dia consecutivo, uma operação no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, na manhã quarta-feira (12/06).
De acordo com a corporação, o policiamento foi reforçado no entorno de algumas comunidades da região. A polícia também realiza um patrulhamento aéreo na área.
Agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Comando de Operações Especiais (COE), do Batalhão de Ações com Cães (BAC) e do 22° BPM percorrem ruas de comunidade da região.
A Secretaria Municipal de Educação informou que 42 escolas estão fechadas.
A Secretaria Municipal de Saúde afirmou que o Centro Municipal de Saúde Vila do João e a Clínica da Família (CF) Adib Jatene, a CF Augusto Boal e a CF Jeremias Moraes da Silva interromperam o funcionamento.
A Fundação Oswaldo Cruz (Focruz), que havia adotado um protocolo de segurança dos funcionários depois que um ônibus foi incendiado em frente à instituição, determinou que o trabalho nesta quarta seja remoto.
Nesta terça (11), três pessoas morreram durante os confrontos entre agentes e criminosos. Os mortos foram identificados pela Polícia Militar como sendo dois seguranças do tráfico de drogas na região que reagiram à ação dos policiais.
Um dos suspeitos é Francisco Jorge da Conceição de Freitas, o Divo, que trabalha para Zequinha, gerente do tráfico da Maré. O outro é conhecido por Digdum, guarda-costas de TH, "dono" da comunidade.
Ao todo, 24 pessoas foram presas na ação da Polícia Militar. Eles foram levados para a 21ª DP (Bonsucesso). Com eles, foram apreendidos três pistolas, onze fuzis, uma espingarda calibre 12, uma metralhadora antiaérea e drogas.
Em represália, bandidos também fecharam a Avenida Brasil, a Linha Vermelha e a Linha Amarela, três das vias expressas mais importantes do Rio. Todas vias foram liberadas por volta das 12h30.
Às 17h45, mais policiais do Bope entraram na comunidade e houve troca de tiros. A operação durava, então, cerca de 12 horas.