Um levantamento da Quaest divulgado nesta quarta-feira (22/05) apontou que 42% dos deputados federais avaliam o governo Lula (PT) como negativo, 26% como regular e 32% como positivo.
O levantamento ouviu 183 deputados federais (35% do número total) entre os dias 29 de abril e 20 de maio e foi encomendado pela Genial Investimento. A margem de erro estimada é de 4,8 pontos percentuais para mais ou para menos.
Segundo Felipe Nunes, diretor da Quaest, há uma tendência de piora na avaliação do governo Lula. Em agosto de 2023, 33% avaliavam o governo como negativo, ante os 42% de agora, uma variação numérica grande, mas no limite das margens de erro. A avaliação positiva era de 35%, ante os 33% de agora.
Segundo o diretor da Quaest, a piora acontece principalmente entre os deputados que se identificam como independentes – nem de oposição, nem de governistas.
A pesquisa também perguntou aos deputados sobre qual direção o Brasil está seguindo. Segundo 52% dos entrevistados, o Brasil está indo na direção errada. Para 38%, o país está na direção certa e 10% não souberam ou não responderam. As variações em relação a agosto estão dentro da margem de erro.
Relação do governo com o Congresso
Questionados sobre a relação do governo Lula com o Congresso, 43% dos deputados entrevistados avaliam a relação como negativa, enquanto 33% aponta como regular e 22% como positiva. Dos ouvidos, 2% não sabem ou não responderam.
A Quaest também perguntou sonre a atenção dada pelo governo aos parlamentares. Entre os ouvidos, 64% consideram que o governo Lula dá menos atenção do que deveria, já 27% dizem que dá a devida atenção, enquanto 4% dos entrevistados avaliam que o governo Lula dá mais atenção do que deveria aos parlamentares. Não souberam ou não responderam somam 5%.
Na separação por posicionamento, os deputados independentes aparecem como os que mais acreditam que o governo dá menos atenção do que deveria aos parlamentares. A variação neste grupo foi de 67% para 83% em relação à pesquisa anterior. Veja os números:
- 48% dos deputados governistas avaliam que o governo dá a devida atenção, enquanto 42% diz que dá menos atenção do que deveria e 9% avaliam que dá mais atenção do que deveria. Não souberam ou não responderam somam 1%;
- Entre os independentes, 83% apontam que o governo dá menos atenção do que deveria, contra 17% que consideram que dá a devida atenção e 8% que acreditam que dá mais atenção do que deveria. Não souberam ou não responderam somam 10%.
- Entre os deputados de oposição, 74% apontam que o governo dá menos atenção do que deveria, contra 12% que consideram que dá a devida atenção e 2% que acreditam que dá mais atenção do que deveria. Não souberam ou não responderam somam 2%;
Quando questionados sobre quem seriam os interlocutores dentro do governo, 43% dos deputados responderam, de forma espontânea, que não possuem um interlocutor.
Entre os nomes citados, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), aparece como 12%, seguido por Jader Filho (MDB), ministro das Cidades, com 4%. A categoria "outros" aparece com 20%.
Aprovação de projetos
A pesquisa pergutou aos deputados qual a probabilidade de o Congresso aprovar projetos importantes e que estão em debate no país. Veja o que eles disseram:
- Regulação de trabalhadores de aplicativo: 32% avaliam que a aprovação no Congresso é provável; 40% dizem que não é provável e nem improvável e 27% avaliam como improvável. Não souberam ou não responderam: 1%.
- PL das Fake News: 25% avaliam que a aprovação no Congresso é provável; 28% dizem que não é provável e nem improvável e45% avaliam como improvável. Não souberam ou não responderam: 2%.
- Reformulação do sistema eleitoral: 20% avaliam que a aprovação no Congresso é provável; 42% dizem que não é provável e nem improvável e 34% avaliam como improvável. Não souberam ou não responderam: 4%.
- PEC do Quinquênio: 17% avaliam que a aprovação no Congresso é provável; 37% dizem que não é provável e nem improvável e 40% avaliam como improvável. Não souberam ou não responderam: 7%.
- Reforma Administrativa: 13% avaliam que a aprovação no Congresso é provável; 43% dizem que não é provável e nem improvável e 42% avaliam como improvável. Não souberam ou não responderam: 2%.