A paralisação é por tempo indeterminado e afeta os atendimentos nos hospitais de Bonsucesso, Andaraí, Cardoso Fontes, dos Servidores do Estado e Ipanema, que mantém os serviços apenas para pacientes mais graves e casos emergenciais.
De acordo com Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social no Estado do Rio de Janeiro (Sindprev) o Hospital Federal da Lagoa continua funcionando normalmente nesta quarta-feira.
A greve foi aprovada em assembleia no último dia 6 de maio, após reuniões sem acordo entre o Sindprev e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, em Brasília.
Representante do movimento grevista, a auxiliar de enfermagem Cris Gerardo destaca as reivindicações da classe.
"A situação dos servidores dos hospitais federais é extremamente grave. A gente amarga uma perda salarial na ordem de 49% de perda inflacionária. A gente trabalha em desvio de função obrigatório, porque nós técnicos de enfermagem somos contratados como auxiliar e, por consequência, o governo nos paga o piso de auxiliar. A gente não recebe a nossa majoração do valor da insalubridade devida, porque a gente lida com inúmeras doenças de infecto contagiosas, sendo exposto ao grau máximo de insalubridade e, ainda assim, o governo não paga aquilo que nós temos direito sobre a insalubridade."
Além de ser contra a privatização da rede federal, a greve também pede a realização de concurso público para cobrir o déficit de pessoal, hoje em torno de 60%.