O advogado André Callegari deixou a defesa do bicheiro – e patrono da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel – Rogério Andrade.
Um comunicado da decisão, com data de sábado (20/04), foi enviado ao ministro Nunes Marques do Supremo Tribunal Federal (STF), autor da decisão sigilosa da semana passada que desobrigou Andrade de usar tornozeleira eletrônica e permitiu que ele saísse de casa após as 18h.
O comunicado de Callegari ao STF cita "motivos éticos" e "divergências estratégicas".
Na semana passada, Callegari a havia dito que não via necessidade de o processo contra Rogério Andrade tramitar em sigilo – o caso chegou nessa condição ao STF e assim permanece.
A Procuradoria-Geral da República recorreu da decisão de dispensar a tornozeleira eletrônica de Rogério Andrade. A expectativa é de que a segunda terma da Corte analise a decisão de o ministro Nunes Marques.
Sobrinho do bicheiro Castor de Andrade — que fez fama e fortuna por meio da contravenção na década de 1980 e 1990 —, Rogério seguiu o legado do tio à frente do jogo do bicho, e é suspeito de chefiar a operação de máquinas de caça-níqueis, bingos e cassinos em bairros da Zona Oeste do Rio de Janeiro.