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Operação policial

Polícia Civil do RJ prende em SP 2 suspeitos de negociar armas furtadas de arsenal do Exército com o tráfico

Jesser Marques Fidelix, o Jessé, e Márcio André Geber Boaventura Júnior foram presos pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) por tráfico de armas.


Foto: Reprodução

A Polícia Civil do RJ prendeu no fim da noite desta quinta-feira (11), em SP, 2 suspeitos de negociar as 21 armas furtadas em setembro do ano passado do Arsenal de Guerra do Exército, em Barueri, São Paulo.

Jesser Marques Fidelix, o Jessé, e Márcio André Geber Boaventura Júnior foram presos em um condomínio de luxo em Santana do Parnaíba, na Grande São Paulo pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE). Segundo as investigações, a dupla ofereceu o armamento para o Comando Vermelho (CV), a maior facção criminosa do tráfico do estado, e uma denúncia anônima levou os agentes a localizar os dois.

"A partir de vídeo que foi circulado na Internet, nós começamos a investigar e conseguimos identificar, através das declarações de um colaborador, que Jessé e Márcio estariam negociando para empregar essas armas de fogo na guerra da Zona Oeste, entre o Comando Vermelho e a milícia, ali na região da Gardênia e Cidade de Deus", detalhou o delegado Pedro Cassundé.

Nesta sexta-feira (12), agentes da DRE saíram para cumprir 9 mandados de busca e apreensão no RJ e em SP, em complemento às prisões da noite anterior. Segundo o delegado, os alvos são "pessoas interpostas que gravitam em torno de Jessé e Márcio".

O Exército concluiu em fevereiro a investigação sobre o furto das 21 armas do Arsenal de Guerra do Exército de Barueri e indicou a participação de pelo menos 8 pessoas no desvio de metralhadoras e fuzis.

A Justiça Militar da União (JMU) aceitou denúncia e tornou réu 4 militares e 4 civis que tiveram participação direta ou indireta no crime, entre eles o tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista, então diretor da unidade, além de 1 primeiro-tenente e 2 cabos.

Após 5 meses de investigação, o Exército confirmou que o furto ocorreu em 7 de setembro de 2023, feriado da Independência e data em que as tropas estão dedicadas a desfiles pelo país. O crime só foi trazido a público no dia 10 de outubro.

O inquérito militar apontou que 2 cabos arrombaram o depósito onde estavam as 21 armas entre 14h30 e 15h. A dinâmica foi traçada por meio da análise de câmeras de segurança e uso de sistema de rastreamento.

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