Movimentos rápidos e coordenados com as pernas e pés, com malemolência e estilo. Uma mistura break, frevo, samba e capoeira: assim é o passinho carioca, uma dança que nasceu nas comunidades do Rio de Janeiro nos anos 2000 e que foi reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial do estado na última semana.
O projeto é de autoria da deputada estadual Verônica Lima ( PT), que ressaltou a importância da conquista. Em nota, a parlamentar afirmou que transformar o passinho em patrimônio é dar visibilidade a esse movimento cultural importante, além de colaborar na descriminalização do funk e de outras expressões artísticas de jovens periféricos.
Cristian Marinho, artista e professor de dança, começou a treinar o passinho na adolescência, assistindo aos duelos coreografados no bairro em que morava. Para ele, o passinho ajuda a quebrar o estigma de violência dentro da comunidade.
O passinho teve sua origem nos bailes realizados no Complexo do Jacarezinho, na zona norte da cidade. Os dançarinos costumavam se reunir em uma área específica do baile e se apresentavam em rodas, cada um mostrando suas coreografias, o que alimentava a competição entre eles e contribuía para a popularização nas comunidades cariocas. Desde 2018 já era patrimônio cultural na capital fluminense.