A Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovou, nesta quarta-feira, o registro de uma nova vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica americana Moderna, chamada Spikevax. A dose é monovalente (protege contra apenas uma cepa do vírus) destinada à produção de defesas contra a subvariante da Ômicron XBB 1.5.
Anteriormente, em junho do ano passado, a agência já havia dado o sinal verde para uma vacina da Moderna no Brasil, porém para a versão bivalente. Ela é específica para duas cepas do vírus, a BA.4/BA.5 da Ômicron e para a original, descoberta ainda em 2019.
A nova vacina aprovada é uma atualização que segue as últimas recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). O órgão orientou focar a proteção apenas para uma cepa, por isso a dose voltou a ser monovalente, e que ela seja a XBB.1.5 devido ao seu avanço pelo planeta.
O pedido à Anvisa foi realizado em agosto do ano passado por meio do Laboratório Adium, que representa a Moderna no Brasil. A dose atualizada recebeu o aval para todos a partir de seis meses de idade como esquema primário de imunização ou como um reforço, aplicado ao menos três meses após a última dose.
No caso de pessoas que não tenham iniciado ainda a vacinação, o esquema é de duas doses com um intervalo de 28 dias entre elas para aqueles de 6 meses a 4 anos, e de dose única para os com idades acima.
Segundo o diretor comercial do laboratório, Thiago Barbosa, o próximo passo para que a dose destinada à XBB.1.5 possa estar disponível no mercado nacional é a definição do preço pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).
A dose da Moderna, mesmo a bivalente aprovada no ano passado, não foi incluída na vacinação na rede pública, por isso ela pode ser encontrada apenas em clínicas particulares que tragam o imunizante para o país. A oferta, contudo, não é comum devido à disponibilidade gratuita de outros imunizantes contra a doença nos postos de saúde, como o da Pfizer.