Pelo menos 9 suspeitos morreram em uma operação conjunta das polícias Militar e Civil, nesta terça-feira (27), em comunidades do Rio de Janeiro dominadas pelo Comando Vermelho (CV), a maior facção do tráfico do estado. Dois PMs ficaram feridos, e 5 homens acabaram presos.
Ao longo da manhã, porém, moradores levavam corpos para fora das favelas. Essas mortes ainda não haviam sido contabilizadas até a última atualização desta reportagem.
A operação afetou milhares de alunos, já que as escolas não abriram. Muitos moradores das localidades não puderam sair de casa, com medo dos tiroteios. Uma bala perdida foi parar no travesseiro da cama onde uma mulher dormia, no Engenheiro da Rainha.
A força-tarefa tenta prender chefes do CV responsáveis pelas recentes disputas por territórios no RJ, sobretudo na Zona Oeste da capital. Um dos alvos é Edgar Alves de Andrade, o Doca.
Agentes das 2 polícias, incluindo os do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), foram deslocados para as seguintes comunidades: Complexo da Maré, na Zona Norte; Complexo do Alemão, na Zona Norte; Complexo da Penha, na Zona Norte; Juramento, Juramentinho e Ipase, em Vicente de Carvalho, na Zona Norte; Flexal, em Inhaúma, na Zona Norte; Guaporé, Tinta e Quitungo, em Brás de Pina e Cordovil, na Zona Norte; Cidade de Deus, na Zona Oeste.
Logo no início da operação, ainda de madrugada, traficantes atearam fogo a barricadas para tentar conter o avanço da PM, e colunas de fumaça podiam ser vistas de longe.