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É crime

Número de denúncias envolvendo balões no RJ cresce 70% em um ano

Dados do Programa Linha Verde do Disque Denúncia incluem informações sobre fabricação, comercialização, soltura de balões e grupos de baloeiros em todo o estado


Foto: Reprodução Internet

O Estado do Rio de Janeiro registrou um total de 116 denúncias sobre práticas criminosas envolvendo balões ao longo do ano de 2023, segundo dados do Linha Verde do Disque Denúncia.

O número representa um aumento de 70% no total de denúncias sobre esse tipo de crime em apenas 1 ano, em todo o RJ. Os dados do Linha Verde incluem informações sobre fabricação, comercialização, soltura de balões e grupos de baloeiros em todo o território fluminense.

A pena para quem participa de crimes envolvendo balões pode chegar a 3 anos de prisão. A multa para quem fabrica, vende, transporta e solta é a partir de R$ 10 mil.

Em 2022, o Disque Denúncia registrou 69 casos no estado, contra 116 alertas no ano seguinte. Em 2023, só a capital fluminense teve 62 chamados. A cidade foi a líder no número total de denúncias.

São Gonçalo, na Região Metropolitana, com 13 alertas sobre práticas criminosas envolvendo balões, ficou em 2º lugar no total de denúncias.

O Município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, apareceu em 3º lugar nesse ranking, com 10 chamados. O top 5 conta ainda com as cidades de Nova Iguaçu e Niterói.

De 2022 para 2023, a capital do estado passou de 36 para 62 chamados. Antes de terminar o segundo mês de 2024, a cidade já registrou 5 denúncias. Nos últimos três anos, o bairro com o maior número de alertas sobre esses tipos de crimes foi a Taquara, seguido por Campo Grande, ambos na Zona Oeste do Rio.

O período do ano com o maior número de casos segue o mesmo, de acordo com o Disque Denúncia. O levantamento mostra que os meses de junho, julho e agosto são os mais críticos. Nesse período, os crimes envolvendo a produção, comercialização e soltura de balões são mais frequentes.

Já o levantamento de 2023 mostrou que o mês de agosto fez os números de denúncias dispararem. Foram 23 chamados contra crimes envolvendo balão em agosto do ano passado. No mês de junho foram 21 denúncias e julho teve 16 alertas.

O aumento dos números de fabricação, comercialização e soltura de balões no meio do ano acontece por conta das tradições de festas juninas, julinas e agostinas.

Alerta nos aeroportos

No último domingo (25/02), um balão foi "abatido" instantes antes de cair em uma das pistas do Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Pelo menos 1 voo acabou atrasado.

Brigadistas temiam que o artefato chegasse ao solo em chamas e provocasse um incêndio nos canteiros, atrapalhando ainda mais a operação do Galeão.

Uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) teve de adiar o pouso até que a pista ficasse desobstruída.

De acordo com a concessionária RioGaleão, em 2022, foram registradas 68 ocorrências na região do aeroporto, sendo 32 delas durante as festas juninas, representando 47% do total do ano.

Segundo a Light, a queda de balões deixou pelo menos 6.162 moradores sem energia elétrica no Rio de Janeiro, durante apenas seis meses do ano de 2022.

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