Morte à queima-roupa na Maré: secretário da PM admite 'abordagem completamente equivocada'

Secretário da PM admite 'abordagem completamente equivocada'

Por Conexão no Ar em 09/02/2024 às 11:48:40
Foto: Reprodução Redes Sociais

Foto: Reprodução Redes Sociais

Um policial militar foi filmado atirando à queima-roupa em um homem no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro. O vídeo ganhou grande repercussão nas redes sociais nesta quinta-feira (8).

Nas imagens, o policial agride o homem negro com um fuzil, mas é ouvido o disparo da arma. Em seguida, o homem é socorrido por uma mulher, sofre hemorragia e cai ferido pelo disparo. Também é possível ouvir o desespero das pessoas ao redor. Ele não resistiu aos ferimentos.

O vídeo causou indignação de lideranças políticas e comunitárias, além de comunicadores populares e ativistas dos direitos humanos que denunciaram as imagens nas redes sociais.

A deputada estadual Renata Souza (PSOL), que é do Complexo da Maré, criticou a política de segurança pública do governo do estado, afirmando que ela "opera pela lógica da morte".

O secretário estadual da Polícia Militar, coronel Luiz Henrique Marinho Pires, falou sobre a morte do jovem Jefferson de Araújo Costa, de 22 anos, no Complexo da Maré, quando participava de um protesto na Avenida Brasil. O rapaz, que estava desarmado, levou um tiro de fuzil à queima-roupa disparado pelo cabo do 22º BPM (Maré) Eduardo Gomes dos Reis. Para Luiz Henrique, a abordagem foi "completamente equivocada". O secretário, no entanto, defendeu, durante a entrevista para o Bom Dia Rio que o PM está apto para trabalhar. O agente foi autuado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

A Polícia Civil também já tomou conhecimento do caso e abriu procedimento de investigação.

"A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) foi acionada. Uma equipe está em deslocamento, a fim de realizar perícia de local. Outras diligências estão em andamento para apurar e esclarecer todos os fatos", diz a corporação.

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