Consumo das famílias no supermercado aumentou em 2023

De novembro para dezembro, a alta foi de 18%, o maior resultado registrado de um mês para o outro em dois anos.

Por Conexão no Ar em 25/01/2024 às 12:14:19
Foto: Reprodução Internet

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O consumo nos lares brasileiros registrou alta de 3,09% em 2023 em relação a 2022, de acordo com levantamento divulgado pela Abras (Associação Brasileira de Supermercados). O indicador apresentou crescimento de 18% no comparativo de dezembro a novembro do ano passado.


Segundo o vice-presidente da Abras, Marcio Milan, "um fator essencial" para o aumento no consumo foi a "menor inflação dos preços dos alimentos para consumo no domicílio na comparação com o consumo fora do lar, puxado principalmente pela carne bovina, sinalizando uma recomposição de renda, do crescido emprego, da consolidação dos programas de transferência de renda e de outros recursos que movimentaram a economia ao longo do ano como o pagamento dos precatórios".
A associação informou que o resultado positivo em dezembro também se deu por meio de recursos injetados na economia como: pagamento da 2ª parcela do 13º salário para trabalhadores; repasse do Bolsa Família; pagamento de requisições de pequeno valor e precatórios do INSS; repasse do Auxílio Gás; e lote residual de restituição de Imposto de Renda.


Projeção para 2024

A expectativa da associação é de que o consumo dos lares brasileiros neste ano aumente 2,5%. Analistas da entidade indicam que o pagamento do PIS/Pasep (Programa de Integração Social e o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) deve contribuir para a alta, com a distribuição de R$ 28 bilhões para 25 milhões de trabalhadores em 2024.

Segundo o vice-presidente da Abras, o reajuste do salário mínimo para R$ 1.412 também deve colaborar com a alta e incentivar o consumo. "O cenário macroeconômico sinaliza para um crescimento gradual do consumo ao longo do ano, acompanhando as sazonalidades, o comportamento das principais safras, os fatores climáticos como excesso de chuva, secas e ondas de calor e a demanda internacional de alimentos", afirmou.

A entidade também divulgou o Abrasmercado, indicador que mede a variação de preços nos supermercados. O levantamento mostrou que em 2023 houve um recuo de 4,2%, a maior deflação no acumulado do ano desde 2017 na cesta composta por 35 produtos de largo consumo, como alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza.

Segundo o levantamento, em dezembro, a cesta teve alta. Passou de R$ 712,94 para R$ 722,57, acréscimo de +1,35%. No entanto, na análise regional do acumulado do ano, todas as 5 regiões apresentaram diminuição do preço da cesta.
O indicador registrou as seguintes quedas nos preços de proteínas animais: cortes do dianteiro bovino – 11,6%; cortes do traseiro bovino – 9,4%; frango congelado – 7,4%; e pernil – 2,3%.

Já na cesta de alimentos básicos houve as seguintes quedas nos valores: óleo de soja – 28%; feijão – 13,7%; e farinha de trigo – 9,1%.

Apesar dos decréscimos nos preços desses produtos da cesta de alimentos básicos, a Abras registrou alta no valor do arroz (24,5%) e do açúcar (11,2%). No setor de hortifrutigranjeiros, o aumento foi observado principalmente na batata (4,1%).


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