Moradores de Queimados denunciam descaso e acĂșmulo de lixo nas ruas

Moradores denunciam o acĂșmulo de resĂ­duos por dias seguidos nas calçadas e vias pĂșblicas do municĂ­pio

Por Conexão no Ar em 12/05/2025 às 12:15:45
Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

A crise na coleta de lixo em Queimados, na Baixada Fluminense, atingiu nĂ­veis alarmantes. Moradores denunciam o acĂșmulo de resĂ­duos por dias seguidos nas calçadas e vias pĂșblicas do municĂ­pio. Em meio à indignação, muitos recorrem ao descarte em terrenos baldios, o que tem potencializado a proliferação de vetores de doenças, como dengue, zika e chikungunya.

Os nĂșmeros são preocupantes: em 2024, o estado do Rio de Janeiro registrou 302.316 casos provĂĄveis de dengue com 232 mortes. O cenĂĄrio em Queimados contribui para o agravamento da situação. Além das doenças transmitidas por mosquitos, a exposição constante ao lixo também tem provocado aumento de doenças respiratórias. Segundo a Fiocruz, mais de 1,5 milhão de casos de infecções respiratórias no paĂ­s tĂȘm relação com ambientes insalubres.


A situação em Queimados é crĂ­tica devido à dĂ­vida da Prefeitura com a empresa responsĂĄvel pela recepção e tratamento de resĂ­duos sólidos, que jĂĄ ultrapassa R$ 5 milhões. A ConcessionĂĄria Centro Sul, que gere o Centro de Tratamento de Paracambi, onde são destinados os resĂ­duos do municĂ­pio, não recebe nenhum pagamento hĂĄ 20 meses.

A negligĂȘncia tem comprometido a regularidade dos serviços prestados. O aterro atende ainda os municĂ­pios de Paracambi, Japeri, Paulo de Frontin e Mendes.

Nos bastidores polĂ­ticos, comenta-se que o prefeito Glauco Kaizer (Solidariedade) estaria tentando forçar a saĂ­da da atual prestadora de serviço para viabilizar um novo contrato emergencial. Enquanto isso, os moradores seguem à mercĂȘ do descaso — e o lixo, acumulado, vira sĂ­mbolo de uma gestão que parece ter esquecido a responsabilidade com a saĂșde e dignidade da população.

Comunicar erro
Alerj
Anuncie Google