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Muito além da capital, o interior do estado do Rio de Janeiro tem se destacado como protagonista no comércio exterior fluminense. É o que aponta a edição de fevereiro do Rio Exporta, produzido pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Segundo o estudo, as regiões fluminenses fora da capital responderam por 51% das exportações do estado em 2024, somando US$ 26,6 bilhões em vendas internacionais.
Com uma corrente de comércio total de US$ 80,4 bilhões em 2024, o estado registrou crescimento de 7% em relação a 2023. As exportações aumentaram 6%, atingindo US$ 52,5 bilhões, enquanto as importações somaram US$ 27,9 bilhões, alta de 8%.
Esse resultado reforça uma tendência clara: as vocações econômicas espalhadas pelo interior vêm ganhando cada vez mais relevância no cenário global. Em um ano marcado por desafios no comércio internacional, com uma guerra comercial entre as duas maiores economias do planeta se desenhando, o desempenho do interior fluminense sinaliza não apenas resiliência, mas também um avanço estratégico na internacionalização das empresas locais.
Todas as regiões apresentaram crescimento na corrente de comércio - com destaque para o Leste Fluminense, que teve aumento de 47%, e a região Centro-Sul, com expressivos 89% de crescimento em relação a 2023.
Caxias e região também se mantiveram como polos importantes, com corrente de comércio de US$ 20,7 bilhões e estabilidade de 2%. As importações da região cresceram 2%, puxadas principalmente pelo aumento de 10% nas compras de compostos heterocíclicos, vindos sobretudo da Alemanha e da Índia.
O avanço das exportações nas regiões do interior mostra que o Rio de Janeiro está se tornando cada vez mais descentralizado em sua atuação internacional. Municípios como Macaé, Campos e São João da Barra, com forte presença nos setores portuário e de petróleo & gás, e polos industriais como Itatiaia e Caxias, têm consolidado suas posições como atores relevantes na balança comercial brasileira.
Com apoio institucional, visão estratégica e incentivo à competitividade, o interior do estado tem se mostrado não apenas um suporte à economia fluminense, mas uma força motriz em seu próprio direito — impulsionando o Rio de Janeiro a um novo patamar no comércio exterior.